Justiça decreta prisão de Ney Santos e outras 13 pessoas por elo com facção e vários crimes

Por Sandra Pereira | 9/12/2016

A Justiça decretou a prisão preventiva do vereador e prefeito eleito de Embu das Artes, Ney Santos (PRB) e outras 13 pessoas ligadas ao político. Ney Santos  é acusado pelo Ministério Público  (MP)por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e ligação com o crime organizado. Ele é o alvo central da Operação Xibalba, deflagrada nesta sexta, 9, pelo Ministério Público com o auxílio da corregedoria da polícia militar. Até o começo desta tarde sete pessoas estavam presas no Fórum de Embu das Artes. A identidade delas não foi revelada. 

A posse de Ney Santos como prefeito de Embu está marcada para ocorrer dia 19 de dezembro. Agora todos querem saber se ele vai se apresentar até lá para tomar  posse, ou vai conseguir se livrar das acusações até lá. 

Promotores e PMs com cães farejadores foram logo cedo, por volta das 6h, às duas residências do prefeito eleito possui em Alphaville. Também estiveram na residência da mãe dele no Valo Verde,  na Câmara Municipal, na sede da Cooperativa do Transporte Público de Embu e em vários outros endereços. Os advogados de Ney Santos relataram que ele está viajando e não vai se apresentar, o que o torna foragido, de acordo com a polícia.

Segundo  o MP, Ney Santos lavava as quantias arrecadadas pelo crime organizado com o tráfico em postos de combustível. Em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral, o político afirmou ser dono ou sócio de seis postos de combustível. Ele informou possuir um patrimônio de R$ 2,065 milhões e que grande parte deste montante (R$ 1,6 milhão) era guardado em dinheiro vivo.

Esta não é a primeira vez que o prefeito eleito de Embu entra na mira da Justiça. Em 2003, ele foi condenado por roubo a uma empresa de valores em Marília, no interior de São Paulo, mas recorreu e foi absolvido no ano seguinte. Em 2010 ele voltou ao noticiário policial quando foi investigado por uma extensa lista de crimes.

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