Eleitores não conseguem “escapar” do assédio dos candidatos em Taboão, Embu e Itapecerica
Se para os candidatos a reta da final da campanha eleitoral traz expectativa e aumento da rotina de trabalho, para os eleitores é indiscutível o aumento do “assédio” pelo voto. Há menos de 15 dias do pleito de 2 de outubro a intensificação das agendas de campanha dos candidatos a prefeito e vereador já é esperada nas cidades de Taboão, Embu das Artes e Itapecerica. De um lado os candidatos se desdobram para atingir e conquistar os eleitores, que do outro tentam manter o equilíbrio e rotina.
A campanha está nas portas, nas ruas, na cabeça e até no coração dos mais afoitos. Este ano as mudanças na legislação fizeram a campanha ser mais limpa e com menor volume de material, mas mesmo assim as pessoas ainda reclamam da grande quantidade de material descartada em suas casas.
“Os candidatos estão em toda parte. A gente nem consegue pensar direito”, se queixa uma trabalhadora autônoma de Taboão da Serra, acrescentando que não é fácil driblar o assédio eleitoral. “Tem uns que querem ficar batendo papo, outros que chegam a ser chatos, mas cada um diz que é melhor que o outro”, completa.
Seja em carros de som, jornal, panfleto, adesivos ou redes sociais a campanha eleitoral está em toda a parte e não há como fugir dela. Nas feiras livres, portas de escolas, igrejas, nos pontos de ônibus, praça e comércios os candidatos se desdobram para obter voto.
“Se a pessoa diz que não escolheu ainda eles ficam tentando convencer. Se diz que já sabe em quem vai votar eles querem saber e ficam falando e falando”, reclama outra moradora da cidade.
Nos municípios do Conisud, onde as campanhas não contam com o uso das redes de televisão, como ocorre em São Paulo, os candidatos precisam ser criativos para atingir um número expressivo de eleitores.
Cada um com sua estratégia tenta superar os demais na batalha nada velada para conquistar voto. Não raro eleitores mais afoitos embarcam nesse clima de disputa que lembra final de campeonato onde as torcidas organizadas se esmeram para ajudar os seus times do coração.
“A campanha absorve a gente por completo e como a cidade não tem TV a agente tem que correr ainda mais. São meses em que não dá pra parar, é preciso conversar e convencer o maior número de pessoas possível”, disse um candidato a vereador de Itapecerica ao Jornal na Net.
Ele reclama da rotina extenuante e diz que a busca pela vitória é o combustível que move os candidatos.