Fechamento da maternidade de Embu aumentou atendimento no PSI de Taboão, diz Secretária de Saúde

O fechamento da maternidade municipal Alice Campos, em Embu das Artes, está impactando negativamente a saúde em Taboão da Serra. Embu lacrou a porta de entrada da sua única maternidade, para reforma, no dia 16 e junto com ela fechou o acesso ao Pronto Socorro Infantil (PSI), que fica no mesmo prédio onde funciona o Pronto Socorro central. 

O resultado do fechamento do acesso ao PSI de Embu é que a média diária de atendimentos no Pronto Socorro Infantil de Taboão, de crianças moradoras de Embu das Artes subiu de 90 para 126. Nem o prefeito Fernando Fernandes e nem a secretaria de Saúde Raquel Zaicanner esperavam esse impacto. Eles vêem com preocupação o fato da Embu ter lacrado a maternidade sem ter deixado nenhuma equipe para atender as gestantes que procuravam o local por qualquer tipo de problema na gravidez.  

 “Foi uma surpresa para mim encontrar a porta lacrada, inclusive do Pronto Socorro Infantil. Toda a discussão era em cima da maternidade e foi pactuado com o Estado que seria mantido ginecologista de plantão. Mas, não estamos com esse pacto sendo cumprindo, dessa forma. O que me assustou foi que o fechamento também afetou o Pronto Socorro Infantil. Nós tínhamos uma média de 90 atendimentos por dia no nosso Pronto Socorro Infantil de crianças vindas de Embu, desde o fechamento da maternidade, no dia 16 subiu, esse número subiu para 126. Na maternidade é mais difícil fazer falar porque as pessoas dão endereço errado na entrada e a gente só pode confirmar quando interna, mas já está impactando”, afirmou a secretaria de Saúde de Taboão da Serra, Raquel Zaicanner.  

Ela disse que soube do fechamento da maternidade numa reunião mensal com secretários municipais da região. A secretaria contou que o argumento para o fechamento seria a necessidade de reforma em razão de problemas na estrutura física da maternidade. Raquel Zaicanner disse que ficou acordado que as cidades da região iam absorver os partos feitos na maternidade de Embu, mas os demais atendimentos seriam mantidos por lá. 

“O combinado e pactuado foi que eles manteriam uma equipe de plantão da mesma que nós fizemos em Taboão. A argumentação deles é que seria 5 partos por dia. Esse número é pequeno e a gente consegue dá conta. Porque o custo para fazer os 5 partos diários a gente tem condições de absorver, o que nós não podemos fazer são os outros atendimentos de mulheres que não vão dar a luz mas precisam passar no médico. Esse é o principal problema, a porta aberta, porque onera muito”, observou a secretária.