Inverno em São Paulo será o mais rigoroso em três anos, diz Inmet
O inverno começa nesta segunda-feira (20) com os termômetros marcando temperaturas mais baixas que nos últimos três anos, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A previsão é para todo o Estado de São Paulo. Na última semana os moradores de Taboão da Serra, Embu das Artes e Itapecerica foram surpreendidos com a queda brusca de temperatura e foi preciso usar agasalhos mais pesados para se proteger do frio intenso. Esse deverá ser um fato recorrente no meses de inverno.
Segundo Marcelo Schneider, meteorologista do instituto, as temperaturas ficam mais baixas que a média histórica, cuja mínima é de 12,4ºC e máxima de 22,2ºC em junho e julho; mínima de 13ºC e máxima de 24ºC em agosto, e mínima de 14ºC e máxima de 25ºC em setembro.
O meteorologista explica que houve declínio do fenômeno El Niño, que vinha bloqueando a entrada de frente fria pelo sul do País. Com isso, a expectativa é de temperaturas em queda. "Tem ainda previsão da chegada do La Niña, com entrada de frente fria mais intensa em julho, e de massa de ar polar", disse. Apesar do frio, o inverno deve ter intervalos com condições climáticas quentes e secas. "Terá altos e baixos", esclarece Schneider.
As chuvas também serão mais intensas no inverno, a começar pelo resultado de junho, cuja precipitação acumulada foi 203,9 milímetros (mm) até ontem (19), a mais alta desde 1943. A média para o mês é de 54 mm. A estimativa para o restante dos meses é de precipitação entre 10% e 15% maior que as médias históricas, que são de 44 mm para julho, 37 mm para agosto e 76 mm para setembro.
Previsão do tempo
O dia de hoje (20) começou com neblina e garoa na capital, com temperatura mínima de 11,9ºC. Ao longo do dia, os ventos úmidos do mar devem manter o tempo fechado, com chuviscos ocasionais. A máxima chega a 17ºC e a umidade do ar se mantém acima dos 80%.
Para boa parte do inverno, está prevista a formação de nevoeiros no início das manhãs. À tarde, a umidade relativa do ar cai e pode atingir índices inferiores a 40%. O ar seco e os ventos fracos favorecem a concentração de poluentes nas camadas mais baixas da atmosfera, o que causa problemas respiratórios.