Sobreviventes da bomba de Hiroshima relatam experiências a alunos de colégio em Itapecerica

A bomba atômica mudou o mundo. Mudou o curso da Segunda Guerra Mundial. Mudou o Japão, que teve de renascer enquanto país dos cacos deixados pelo conflito. Mudou o século XX, que a partir daí passou a ser um tempo muito perigoso. Mas mudou, em primeiro lugar, a vida de milhares de pessoas. As pessoas de Hiroshima, que viram o horror a cair-lhes do céu. Seu Takashi Morita, Junko Watanabe e Kunihiko Bonkohara, além de outros sobreviventes da tragédia que matou 140 mil pessoas. A trágica e ímpar experiência vivida por eles vai ser compartilhada nesta quinta-feira, 17, com os alunos do Colégio Lebiste, em Itapecerica, por intermédio da professora Adriana Paris. 

“Acredito que a conversa com os sobreviventes de Hiroshima vai ser um marco na vida de todos os nossos alunos. Estou muito entusiasmada e feliz de ajudar a proporcionar essa oportunidade”, afirma a professora. 

A professora lembra que conheceu os três sobreviventes numa ação do departamento de História da USP. 

Takashi Morita  era policial militar e caminhava nas ruas de Hiroshima quando um clarão invadiu o horizonte e uma explosão violentíssima queimou e destruiu tudo nos arredores. Aquele dia 6 de agosto de 1945 mudou a vida dele e os rumos da história. 

Radicado em São Paulo desde 1956, onde fundou, em 1984, a Associação dos Sobreviventes da Bomba Atômica no Brasil, Morita é participante ativo de discussões sobre o assunto. Com sorriso inocente e olhar sincero, Morita, munido de sua inseparável bengala, costuma descrever os horrores que presenciou após a detonação do ataque de guerra mais famoso da história.

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