Sessão de Taboão da Serra teve mais de 7 horas de ataque contra Aprígio e sua equipe
Os vereadores que integram a base do prefeito de Taboão da Serra, Fernando Fernandes, crivaram de duras críticas o ex-vereador José Aprígio e o jornalista Mário de Freitas durante 7 horas e 32 de minutos na sessão desta terça-feira, 10. As discussões políticas da atual legislatura é constantemente pautada por publicações de jornais da oposição. Dessa vez o ataque incisivo contra os vereadores José Aparecido Alves, Eduardo Nóbrega, Eduardo Lopes e Marco Porta levou a base governista a reagir com unanimidade rechaçando a prática e literalmente partindo para o ataque. Os vereadores “atacados” nas publicações de dois jornais que seriam financiados por José Aprígio reagiram com força. No final da sessão o clima amenizou “depois que uma proposta com aceno de paz”.
A discussão sobre os periódicos foi iniciada pelo líder de governo, Eduardo Nóbrega. Tomado pela ira ele avisou que não pouparia mais Aprígio ou sua família. Acusou o pré-candidato de financiar panfleto criminoso, chamou-o para o debate, acusou de estar se escondendo da CEI contra a Cooperativa Vida Nova e ainda falou sobre o patrimônio do ex-vereador. Logo depois mirou contra Mário de Freitas a quem acusou de ser o responsável pela estratégia de ataque de Aprígio.
“Nós vamos falar de tudo sem dó. Estão colocando as famílias nas capas dos jornais, então vai a família de todo mundo”, avisou.
Segundo a discursar na sessão o presidente da Câmara, José Aparecido Alves, o Cido, seguiu a linha dura da fala de Nóbrega. Disse que Aprígio caiu na conversa de Mário de Freitas. Cido reclamou da ação que pediu seu afastamento da presidência porque ele mudou a tramitação de pedido de afastamento do prefeito Fernando Fernandes. Ele criticou o fato da ONG Aparecendo, onde afirmou atuar como voluntário ter sido citada em panfleto da oposição.
“O Aprígio mudou muito dona Luzia. Fica pagando jornaleco que fala mal de uma Associação onde eu me dedico a dar aula para buscar uma profissão às pessoas. Isso é inaceitável. Uma falta de respeito com a presidente dessa associação que tem como presidente uma senhora de 70 anos e muitos voluntários. O senhor Mário de Freitas não tem credibilidade para falar de ninguém”, disparou.
Marco Porta também falou com firmeza e enfatizou o poder econômico de José Aprígio e acusou a família dele de ter enriquecido por conta da Cooperativa Habitacional Vida Nova. “Quando se fala desse cidadão chamado Aprígio é preciso dizer que ele não tem a mínima condição de ser prefeito dessa cidade. Ele não tem condições”, afirmou o vereador Marco Porta, batendo firme na tribuna antes de admitir estar perdendo o respeito pelos vereadores da oposição que são aliados de Aprígio.
Érica Franquini também bateu firme e disse Aprígio é o homem mais rico da cidade e disse que ele constituiu seu patrimônio pelo trabalho na Cooperativa Habitacional Vida Nova.
Os discursos se seguiram em tom de acusação por mais de 7 horas. Os 10 vereadores membros da base governista usaram a tribuna. Em dois momentos a vereadora Luzia Aprígio, esposa do ex-vereador José Aprígio, foi a tribuna para negar que ele financiasse qualquer tipo de jornal na cidade. Na segunda ida, ela ironizou o fato dele ter sido citado durante toda a sessão e reclamou da falta de produtividade do parlamento que durante a sessão não aprovou nenhum projeto. “Quero agradecer a todos os vereadores que passaram o dia inteiro fazendo propaganda do meu marido”, disse com ar de ironia.
Nos últimos 10 minutos da sessão o clima mudou da água pro vinho. Eduardo Nóbrega voltou à tribuna e fez um discurso ameno em tom apelo para que as denuncias fossem cessadas e o clima de paz restabelecido.