Mesmo sem telhado E.E Nigro , em Taboão, marca volta às aulas para dia 29

O abandono das escolas da rede estadual parece não ter limite. Passado quase um mês do retorno das s férias  os estudantes da escola estadual Maria Apparecida Nigro Gava, no Parque Pinheiros, ainda estão sem aulas. Parte da escola está sem telhado e a falta de estrutura é uma realidade no prédio que fica ao lado do Fórum de Taboão da Serra. O retorno às aulas foi adiado  duas vezes. Após as queixas dos alunos e a repercussão do problema as aulas serão retomadas  na próxima segunda-feira (29). Na escola Laerte Almeida, no Salete, as aulas foram suspensas no  dia 18 depois que a escola ficou alagada durante a enchente. As aulas no Laerte seguem normais apesar da evidente falta de estrutura alvo constante de críticas pelos alunos.

A rede estadual retomou as aulas no último dia 15. Na Nigro Gava, o início das aulas havia sido adiado para o dia 22 na escola, mas, no dia seguinte, os alunos foram dispensados.

“Nesse dia que teve aula, todos viram uma escola bem diferente daquela que lutaram para que não fosse desativada no projeto de reorganização”, contou a mãe de um aluno. A Nigro Gava não chegou a ser ocupada por estudantes, mas apareceu destruída.


Uma placa na fachada da escola informa que uma obra ocorre no local, mas não conta no aviso a data de início e de conclusão do serviço.

Uma funcionária da instituição, que prefere não ser identificada, contou que uma empreiteira apareceu, tirou o telhado e não terminou o serviço.

Nesta quinta-feira (25), uma reunião foi marcada com os pais dos alunos. A reportagem registrou água por todos os lados, com infiltrações, salas cheias de livros molhados, corredores e salas sem cobertura, móveis estragados, fiação pelo chão. A situação de abandono era a mesma na cozinha.

Na reunião de pais, os representantes da escola e da diretoria de ensino disseram que, apesar de tudo isso, as aulas devem ser retomadas na próxima semana.

A mãe de outro aluno disse que pediram que os pais assinassem um termo na reunião. A mulher disse que não assinou porque a situação da escola não é responsabilidade dela.

Uma representante da Secretaria de Educação explicou que uma parte da escola deve ser interditada enquanto a outra recebe os estudantes. De acordo com ela, a assinatura pedida aos pais era relacionada ao barulho e aos transtornos durante a reforma.

A metade da escola que será interditada inclui a cozinha e o refeitório. Para solucionar o problema, de acordo com a representante da secretaria, serão servidas merendas secas, com suco e bolachas. 

  Com informações do G1

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