Intensa, a sessão de Taboão mantém veto do prefeito e nomeia membros da CPI do Shopping
Sob clima de intensas discussões, a sessão ordinária da Câmara Municipal de Taboão da Serra trouxe à baila dois assuntos. O primeiro foi a instalação da CPI que requer explicações do Shopping Taboão e almeja elucidar possíveis irregularidades que impediram a construção da alça de saída shopping no sentido de Embu das Artes. Outro tema debatido foi o veto do prefeito Fernando Fernandes ao projeto da vereadora Luzia Aprígio, que instituía a feira noturna. A terça-feira (03), chuvosa e de tempo fechado, foi igual dentro da Casa de Leis, onde os discursos e as já famosas indiretas se multiplicaram. Uma declaração do líder de governo Eduardo Nóbrega na última sessão foi citada e criticada pelos vereadores. O conteúdo subjetivo da fala dele sobre o fato dos vereadores tomarem água com o prefeito foi mal interpretado pelos pares – relembre aqui
A primeira parte da sessão foi pautada pela definição dos membros que integrarão a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que vai apurar os motivos para a não construção da alça de saída para Embu. Érica Franquini foi escolhida presidente da Comissão e os vereadores Marcos Paulo, Luiz Lune, Waines Moreira e Eduardo Nóbrega os quatro membros, respectivamente. A primeira reunião da da CPI está marcada para essa quarta-feira às 15 horas.
Fazendo referências às táticas de futebol, onde ‘time que está ganhando não se mexe’, Eduardo Nóbrega afirmou que não irá permitir a mudança de foco no assunto CPI. “O foco é muito claro, não se esta buscando um culpado A, ou um culpado B, não vamos permitir de maneira nenhuma que se altere o objetivo que é a construção da alça do Shopping, para uma possível desconstrução de um projeto tão importante que impulsionou a cidade de Taboão da Serra”.
O presidente da Casa José Aparecido Alves, deliberou sobre o tema e afirmou que o governo Fernando Fernandes busca através da comissão mostrar transparência e segurança. “Entendendo que essa alça é direito da cidade. Sem dúvida nenhuma o Shopping Taboão trouxe desenvolvimento para a nossa região, proporcionou renda, proporcionou emprego, mas o Shopping Taboão deve uma alça de retorno para essa Casa”, ressaltou Cido.
Depois dos discursos de Nóbrega, Cido e Porta, Érica Franquini observou que a envergadura dos posicionamentos estava estranha. “Eu não estou entendendo o discurso dos companheiros. Eu volto a dizer que ninguém esta falando de progresso aqui, todo mundo sabe e eu falei no meu discurso que o Shopping é importante para a cidade, todos frequentam o Shopping só que o Shopping precisa realmente cumprir. Essa CPI é para cumprir com o que ele prometeu, a alça do Shopping. Será que eles estão esperando prazos? Será que ANTT tem alguma coisa lá?”, questionou Érica, afirmando que não vai prevaricar de suas funções.
O vereador do Pros Marcos Paulo concordou com Érica, informando que também não estava entendendo as discussões. “Nós queremos a alça do Shopping. Eu só espero que nessa comissão não tenha nenhum cavalheiro representando o Shopping Taboão. Porque se tiver, eu virei a público e vou falar. Falarei se tem ou não, alguém representando o Shopping, eu espero que não tenha. Se o Shopping realmente não quiser fazer a alça, ai serão outros desdobros, mas que eles possam depositar em juízo o valor da alça, que a gente possa construir escola, creche, postos de saúde”, declarou Paulinho.
O veto da feira noturna
Sim, o assunto ainda rendeu. O projeto de Luzia Aprígio que previa a instituição da feira noturna em Taboão da Serra não aconteceu. Os vereadores discursaram em apoio, mas não voltaram atrás na decisão de derrubar o veto. A base se uniu e não foi contra a decisão do Prefeito, por 10x03 o pedido de veto foi mantido. Como já era de se esperar, apenas Luzia, Lune e Moreira votaram pela permanência da feira noturna.
Vereador pelo PCdoB, Luiz Lune destacou a importância da iniciativa para as famílias e afirmou que a feira não criaria prejuízos para ninguém. Lune solicitou aos parlamentares: “Porque nós não conversamos para que ligasse lá para o prefeito e tentasse o entendimento, para que nós derrubássemos o veto, até por uma questão simbólica. Para dizer que a Casa realmente preocupada com uma conquista da população, nós entendemos que seria não demostrar força contra o prefeito, mas mostrar que nós estamos do lado dela”.