Audiência pública de mobilidade urbana discute problemas de acessibilidade em Taboão da Serra
Com uma ampla lista de expectativas a respeito da reorganização de calçadas, de mobilidade urbana e melhorias no transporte público, Taboão da Serra deu o pontapé inicial para a discussão em torno do Plano Diretor de Mobilidade Urbana durante a 1° Audiência Pública que aconteceu nesta quinta-feira (15), no Cemur.
O evento foi uma realização da Secretaria de Transportes e a maior parte do público que compareceu era formada por agentes de trânsito, que tinham o interesse de discutir a reestruturação da atividade praticada por eles, em meio a uma lei.
O vice-prefeito Laércio Lopes abriu os trabalhos e declarou que a discussão de mobilidade urbana tem tudo a ver com Taboão da Serra e que, embora seja uma cidade territorialmente pequena, sua população hoje ultrapassa os 270 mil habitantes. Laércio comentou que espera que os debates sejam feitos de maneira mais forte sobre o assunto.
O Secretário de Transportes e Mobilidade Urbana, Rinaldo Tacola afirmou que o objetivo é melhorar toda a acessibilidade do município. Ele relatou que o transporte público ainda está ruim e encontra dificuldades, porém foi taxativo ao afirmar que o serviço vai trazer resultados positivos.
Componente da mesa, Maria das Graças explicou que não se pode abrir mão do cidadão portador de necessidades especiais, pois existe uma legislação que deve ser considerada para garantir os direitos de ir e vir de todos os deficientes. Ela mencionou sobre as medidas positivas que o transporte público trouxe e também sobre áreas por onde é possível caminhar.
Maria disse que ainda existem problemas de mobilidade em Taboão que devem ser trabalhados, principalmente com relação às calçadas: “É uma discussão que eu acho que a cidade talvez nem enxergue como um problema, mas quando você pensa na viabilidade do pedestre e do cadeirante, essa calçada dificulta o funcionamento da cidade”, enfatizou.
O engenheiro civil Frederico Rodrigues, afirmou que todas as pessoas devem ter a condição de se locomover adequadamente dentro da cidade. Ele enumerou três perguntas básicas que regem o planejamento de mobilidade: Que cidade eu tenho hoje? Que cidade eu quero ter? O que eu tenho que fazer para ter a cidade melhor?
Rodrigues explicou sobre as medidas que devem ser implantadas e o quanto elas vão beneficiar a comunidade. Ele comentou que são realizados estudos que ajudam a identificar os problemas da região e o enfoque para a solução deles está veiculado à: perda de tempo e dinheiro, viagens sem conforto, acidentes de trânsito e impacto ambiental.
A comissão trouxe a baia, pontos importantes que debatiam as condições de locomoção dos munícipes, sobretudo exaltando que deve haver qualidade nelas. Rodrigues afirmou que o plano pretende reduzir perda de tempo e dinheiro, em especial no deslocamento das pessoas no momento em que elas vão ao trabalho, por exemplo.