Fim de semana com dança e 15 mil turistas em Embu das Artes
Na tarde de domingo, 19/7, os expositores da Feira de Embu das Artes comemoravam os resultados do dia. No segundo fim de semana de férias, a cidade recebeu mais de 15 mil pessoas. Parte delas, além dos prazeres gastronômicos – a Praça de Alimentação, criada em 2011 pelo prefeito Chico Brito, teve o seu maior número de visitantes, 5 mil–, comprou arte, artesanato, animais, plantas, se divertiu e se emocionou na 6ª Mostra de Dança Cigana, onde também leu a sorte e retirou os maus fluidos no ritual xamânico.
A Mostra de Dança Cigana, com apresentações contínuas por todo o dia, lembrou eventos culturais de grandes cidades do mundo, em que pessoas entram, assistem à apresentação de um determinado grupo ou artista e saem. Ou não. Caso de Juliana Cerqueira, que veio de São Paulo para assistir ao show das dançarinas do Espaço Romany, do bairro de Santana, na Capital, e adiou para bem mais tarde o seu retorno. “É muito bom. Quero ver tudo”, disse.
ATS, uma novidade
Os passos da ATS são baseados no flamenco, na dança do ventre, na dança indiana (katak) e nas danças nômades. A música é de diversas tribos e pode ser espanhola, árabe, africana, “tudo que remeta a tribo”. Uma das principais características da ATS é que só se dança em grupo e os passos são improvisados, mas com base em senhas que permitem dançar em grupo em qualquer parte do mundo.
Em toda dança cigana, a vestimenta e os adereços são essenciais. Lilian Kanako é professora, dançarina e também produz as roupas. Afirma que de início é preciso saia, calça para usar por baixo a choli (lê-se tioli), uma blusinha bem curta, com um custo de cerca de R$ 250, para dançar ATS. Homens usam calça com colete ou sem camisa. O curso custa R$ 130, com uma aula por semana. “Temos espírito de tribo e a gente se empresta muita coisa”, diz.
O figurino do ATS mostra um pouquinho de cada povo do mundo. “Deixa o ventre à mostra, mas é imponente para que a mulher seja respeitada. Embora com o ventre à mostra, usamos saia, com calça por baixa, parte superior coberta. A gente consegue mostrar o lado feminino e fica à vontade para desenvolver a dança”, explica Kanako.
Prefeitura da Estância Turística de Embu das Artes