Morador de Taboão morre no Antena aos 29 anos com suspeita de dengue hemorrágica

Um jovem de apenas 29 anos, morador da rua Ângelo Ferreira Fagundes, no jardim Trianon, em Taboão da Serra e identificado como Hélio Milk da Silva pode ter sido a primeira vítima de dengue hemorrágica em Taboão, neste ano de 2015. O jovem faleceu no pronto Socorro do Antena, neste sábado, 28, e foi sepultado sob forte comoção no cemitério da Saudade, neste domingo, 29. A morte do rapaz foi a segunda no Antena, em pouco menos de 15 dias, de moradores muito jovens. Antes, Rosemeire Manfrim, de apenas 25 anos, perdeu a vida no pronto socorro do Antena  e a família dela acusa os médicos de negligência. Ambas as mortes serão discutidas na audiência pública de saúde marcada para a terça-feira, 31, a partir das 10 horas na Câmara Municipal.  

A morte precoce do rapaz deixou familiares e amigos inconformados. A confirmação de que a morte dele se deu em decorrência ou não de dengue hemorrágica só deve ocorrer após a realização dos exames complementares que são indicados para este tipo de caso e cujo  resultado dos exames pode demorar até 15 dias.

Familiares do rapaz prestaram queixa da morte na Delegacia. Eles querem saber as causas reais da morte do jovem. A Guia de Encaminhamento de Cadáver  de Hélio apontou que a causa provável da morte dele teria sido dengue hemorrágica. Já a Declaração de Óbito atestou que o jovem morreu em decorrência de hemorragia digestiva alta, que pode ser uma consequência da dengue hemorrágica. 

Hélio Milke da Silva deixa uma filhinha de apenas 1 ano e poucos meses de idade. No sepultamento dele familiares e amigos se diziam inconformados com a tragédia.
Segundo familiares Hélio Milke da Silva tinha voltado da cidade de Campinas com suspeita de dengue. Com quadro que apresentava vários sintomas ele chegou a ser atendido no hospital da USP de onde teve alta. Após isso deu entrada no pronto socorro do Antena onde veio a falecer.

 O jovem morava na região do Trianon aonde os casos de suspeita de dengue são constantes. Segundo relato dos próprios moradores nesses últimos dias o lixo acumulado nas ruas em decorrência da greve dos catadores deixou o bairro numa situação de total colapso. A  própria rua aonde o jovem que morreu morava está coberta de montanhas de lixo problema que se repete em várias outras partes de Taboão da Serra,  Embu das Artes e das outras 133 cidades paulistas onde a greve de catadores de lixo mudou a rotina da população e está deixando as ruas repleta de sacolas de lixo e de mau cheiro. 

A população alega que o problema está favorecendo a proliferação de insetos dos mais diversos tipos. Até agora não há evolução entre as negociações da empresa com os catadores o que faz a greve permanecer para desespero da população que já não suporta tanto lixo nas ruas. Em Taboão a prefeitura chegou a realizar uma ação emergencial de coleta de lixo nos locais mais atingidos, mas a iniciativa não foi suficiente para manter a limpeza nas ruas.

Sandra Pereira

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