Fiscais fecham o cerco e lacram seis casas noturnas em Itapecerica

O cerco às casas noturnas resultou em seis estabelecimentos lacrados em Itapecerica da Serra, desde a última segunda-feira, dia 4, são eles: Na Montanha, no bairro da Lagoa, Rampas, às margens da Régis Bittencourt, Siri Cascudo, na XV de Novembro, Bar da Loira, no centro, Empório Tropical, Rodovia Armando Sales e Rasta Chinelo, no bairro do São Marcos.

De acordo com a fiscalização todos os seis bares estavam com o alvará dos Bombeiros vencido e agora devem regularizar a situação junto ao órgão estadual, para voltarem a abrir os estabelecimentos. Se caso, não respeitem a determinação e abram sem a situação estar regularizada, precisam pagar uma multa de R$ 19.370 para a prefeitura municipal.

Essa multa foi determinada por meio do decreto nº 2293 do prefeito Amarildo Gonçalves o Chuvisco (PMDB), no mesmo dia em que as casas foram fechadas. Na sessão desta quinta-feira (7), ele falou sobre a comoção pela morte das pessoas na boate Kiss em Santa Maria, no Sul e ainda da necessidade de garantir a segurança para os moradores que freqüentam as casas noturnas da cidade, conforme a Lei determina.

“Infelizmente por um lado porque não gostaríamos de fechar nenhuma casa e prejudicar ninguém, mas não podemos ser prejudicados e colocar as vidas em risco, já que as pessoas vão para o lazer sem saber as condições onde estão entrando”, avaliou.

“Temos várias casas fechadas. Vamos dar todos os amparos legais e necessários administrativamente, já fizemos reuniões com eles e coloquei a administração pública a favor deles no que for possível, dentro da legalidade estaremos fazendo”, disse.

A reportagem do Jornal na Net já recebeu diversas denúncias de som alto oriundos dos bares Empório Tropical e Siri Cascudo. Moradores acabam passando noites em claro, devido ao alto som que permanece durante as madrugas, especialmente de sexta a domingo. 


O promotor de Meio Ambiente, Gustavo Albano Dias da Silva instaurou inquérito civil público, no final de janeiro – aqui para investigar o funcionamento de todas as casas noturnas da cidade e também de Juquitiba, Embu-Guaçu e São Lourenço. Ele oficiou ainda as prefeituras municipais e a polícia civil para que remetam a relação das casas noturnas cadastradas em cada cidade com intuito de identificar cada uma e também as clandestinas. 

Sobre o Carnaval Folia, cancelado no início da semana – relembre aqui Chuvisco disse que tinha o projeto aprovado, mas depois da tragédia, houve por parte dos Bombeiros exigências e metas que a administração pública de segunda a sexta estaria impossibilitada de cumprir.

“Poderia não acontecer nada, é prefiro dar recuo e fazer conforme as exigências da lei e ter tempo hábil para estar adequando. Só de brigadista eles pediram cinco no início e depois aumentou para 20. Poderíamos utilizar a GCM, exigiam outras exigências que estaríamos impossibilitados de fazermos”, finalizou.

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