Remoção da carreta ainda não foi feita e clima é de comoção no Salete
25/01/2013
A remoção da carreta que portava 40 toneladas de açúcar e motivou a morte de uma idosa e seu neto de apenas três anos de idade, por volta das 19h da última quinta-feira (24), na rua Alberto José, no bairro Jardim Salete, em Taboão da Serra – relembre aqui, ainda não foi feita até a tarde desta sexta, 25. A remoção não será nada fácil, devido ao peso da carga. A previsão de retirada é na segunda-feira a tarde.
O bairro amanheceu em clima de luto e comoção. Muitos curiosos ainda estão no local e a Cid Nelson Jordano continua isolado. Motoristas precisam cortar caminho pelas ruas do bairro. Moradores de uma residência na esquina da rua e avenida, que tiveram o muro destruído pela carreta, trabalham para remover os destroços e vão precisar construir o muro novamente.
O motorista da carreta foi indiciado por duplo homicídio culposo, quando não há intenção de matar e roubo de carga. O veículo portava 40 toneladas e parte da carga, cerca de 5.000 quilos, já haviam sido descarregadas, quando o veículo começou a descer pela via.
Testemunhas contaram que essa não era a primeira vez que caminhões desta empresa estavam lá, mas eles demoravam mais de 1h30 para sair daquela rua. O dono da transportadora quer saber agora, se esse esquema fraudulento de venda ilegal já era feito também por outros motoristas.
Logo depois do acidente, uma vistoria foi feita no caminhão e nenhum problema com o freio foi constatado, segundo algumas versões, o veículo teria perdido o freio. De acordo com a polícia, o condutor não parou corretamente o veículo.
O motorista é funcionário de uma empresa de distribuição há dois meses e teria mudado o percurso para vender ilegalmente a carga no município, sem a autorização da empresa. Um agente de trânsito com que o Jornal na Net conversou no local do acidente afirmou, no entanto, que o veículo é segurado e a carga é rastreada via satélite.
De acordo com ele, as autorizações de mudanças de percurso, paradas do veículo e mesmo abertura das portas, só são possíveis se alguém autorizar. Informações obtidas pela reportagem indicam que o veículo seguiria para uma fábrica de refinamento localizada na Avenida do Estado, na capital, de onde partiria para o Porto de Santos.
O motorista conseguiu pular do caminhão, ainda em movimento, assim que atropelou as vítimas. Ele teve sua perna quebrada e foi socorrido ao Pronto Socorro da Antena. Ele chegou a ser ameaçado de linchamento por populares.Os corpos da aposentada e da criança seriam liberados, de acordo com familiares, por volta das 10h desta sexta-feira.
Lei ignorada
Com isso o requerente receberá um cartão que o isentará da restrição à circulação no município, válido para caminhões da cidade, que atendem o comércio e indústria locais. A rota ilegal de caminhões na cidade aumentou a partir de 2008, quando Gilberto Kassab, então prefeito de São Paulo, proibiu a passagem dos veículos pelas grandes avenidas locais.
As cidades que fazem divisa com a capital tornaram-se, a partir de então, rotas alternativas para o transporte e locomoção a outros bairros de São Paulo e Marginais. Em consequência, aumentaram, também, os gastos com manutenções das vias, os congestionamentos locais e os números de vítimas fatais em acidentes de trânsito.
Com informações de Rafael Rezende