Chico Brito cobra compromisso do Estado para sanear córrego Pirajuçara

Por Prefeitura da Estância Turística de Embu das Artes | 1/07/2014

“Não vou permitir que um projeto dessa magnitude não aconteça por conta de burocracias internas. O Governo do Estado vai ter de responder positivamente, ou ficaremos na porta da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, e não sairemos de lá até termos o documento de compromisso com a população assinado. A burocracia não pode atrapalhar a vida do povo”. Com um discurso inflamado, o prefeito de Embu das Artes, Chico Brito, abriu os trabalhos da plenária sobre saneamento do Córrego Pirajuçara dia 28/6, que aconteceu na Associação Internacional de Interesse a Humanidade (AIIH) no Jd. Irene, bairro que faz divisa com Taboão da Serra e São Paulo e sofre constantemente com as chuvas.

O encontro tratou da canalização do córrego que vem castigando há anos a população das três cidades, com constantes enchentes. Em 2010, o prefeito esteve em Brasília e conseguiu que R$ 50 milhões fossem liberados para as etapas iniciais. A Sabesp, tomadora desse recurso,  elaborou o projeto, mas o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) alegou que não poderia iniciar a obra pois não tinha como acomodar as famílias. Em conversa com o secretário de Habitação Sílvio Torres, o Governo Municipal tomou conhecimento de que  CDHU procurava terreno na região para construção de moradias populares.  Um dos terrenos passou a implantar o Plano Diretor da cidade, o que barateou o custo e possibilitou a  sua compra para a construção de 900 habitações para 2000 famílias. “Agora temos o terreno,  não tem mais desculpa”, disse o prefeito.

“As equipes da Prefeitura e da CDHU irão estudar os melhores projetos para a implementação dos prédios. Quanto mais cedo este projeto estiver pronto, mais rápido o Governo do Estado terá de fazer. E queremos moradia de qualidade, ninguém aqui vai morar em pombal”, afirmou Chico Brito. Juntamente com a construção dos prédios, deve acontecer o início da canalização. As famílias removidas das áreas de risco receberão o aluguel social até a conclusão das obras.

O prefeito fechou a data de 27/7, às 15h, para uma nova reunião no local e disse que “desta vez o  Governo do Estado tem que vir e honrar seus compromissos com a população”, além de se comprometerem com a assinatura do termo de compromisso para a execução do trecho 4 da obra.

O deputado federal José Mentor falou dos esforços do Governo Municipal para a realização da obra. “Essa é uma somatória de esforços. Chico Brito é um lutador. O sufoco dessas pessoas vai acabar”, garantiu.

Compareceram à plenária Lacir Baldusco (Assessor de Planejamento da  Secretaria  da  Habitação do Estado), Cristóvão Silva (Sabesp), Wagner Eckstein, (Taboão da Serra), representantes da Comissão de Combate a Enchentes do Córrego Pirajuçara, da Apa Santa Tereza, do MTST, do Movimento Terra Nossa, Agência Azul de Inclusão Social, do Movimento Sol Nascente, da Associação de Moradores do Jd. da Luz, os secretários José Roberto (Gestão Financeira), José Ovídio (Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Francisco Pereira (Trânsito e Transporte), Valdir Barbosa (Turismo) e o chefe de Gabinete Geraldo Juncal.

Também presentes os vereadores Doda (presidente da Câmara), Gilson Oliveira, Clidão do Táxi e João Leite, que lembrou ao representante do Governo Estadual, Lacir Baldusco, o sofrimento pelo qual passam todos os anos a população da área do córrego. “São muitos os lamentos que ouvimos. Essa obra vai melhorar e muito, a vida da população”, enfatizou.

A palavra do povo

“Vamos continuar a buscar o auxílio necessário para que essas enchentes não aconteçam mais aqui. Moro há 30 anos na região e já vi muita gente perder tudo”, falou uma das lideranças, Marcos Guarani.

Andréia dos Santos vive no Jd. Irene há 10 anos: “Quando o tempo começa a ameaçar chuva, todo mundo que está perto do córrego entra em pânico só de pensar que pode perder tudo de novo. Acho que agora a obra vai sair, graças ao esforço das lideranças e da Prefeitura”.

O líder comunitário Índio quer que a etapa 4, que canaliza mais um trecho do córrego, não seja esquecida: “Essa é mais uma reivindicação da população. Quem está aqui hoje quer o melhor para a nossa região”.

“Tudo vai ser feito com muita ordem. Nenhuma família será removida sem tentarmos o melhor. Sabemos que muitos aqui lutaram a vida toda e que não podem perder tudo em uma única chuva”, disse a coordenadora do MTST, Vanessa de Souza.

Antônio Carlos, morador há 28 anos, disse estar contente com a obra: “Essa notícia é a melhor de todas, não agüento mais ver gente sofrendo a cada chuva”.

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