Professor Toninho denuncia suposto envolvimento de Embu em Máfia do Asfalto

Por Sandra Pereira | 27/11/2013

O presidente do Psol e ex-vereador de Embu das Artes, Antonio de Jesus Rocha, o Toninho, concedeu entrevista coletiva na sede da APEOESP em Taboão da Serra, na sexta-feira, 22, para denunciar um suposto esquema ligado à chamada Máfia do Asfalto em Embu das Artes. Durante a coletiva ele apresentou slides de documentados que teriam sido apreendidos na residência de um contador ligado ao esquema investigado em sigilo. O Professor Toninho afirmou aos jornalistas  que agentes políticos de Embu das Artes podem ter recebido mais  de R$ 2 milhões em propinas do esquema entre 2011 e 2013. A chamada Máfia do Asfalto teria atuado em 78 cidades paulistas. O professor denunciou o suposto esquema ao Tribunal de Contas, Ministério Público e na Câmara Municipal. 

Por meio de nota oficial enviada aos veículos da imprensa regional a prefeitura de Embu das Artes afirmou que nenhum integrante da administração está sendo investigado por qualquer órgão fiscalizador. Disse que os contratos celebrados entre a prefeitura as empreiteiras cumprem todas as exigências legais e que o Psol faz oposição à administração. Leia no final da reportagem a íntegra da nota oficial. 

Durante a coletiva o professor Toninho contou que há meses reúne informações sobre os contratos da prefeitura de Embu com a DEMOP Participações, do Grupo Scamatti. Após analisar a lista apreendida durante operação conjunta do Ministério Público e da Polícia Federal Toninho relatou que a cidade de EMBU é 45 vezes em duas planilhas da propina.  A lista já se tornou pública após divulgação pelo jornal O Estado de São Paulo.  De acordo com os documentos apresentados pelo professor Toninho o grupo Scamatti realizou uma doação legal à campanha eleitoral do prefeito Chico Brito, em 2012, no valor de R$ R$ 200 mil.

 De acordo com o denunciante a Scamatti mantém em Embu das Artes mais de R$ 32 milhões em contratos de pavimentação e recapeamento de vias públicas. De acordo com o presidente do Psol, o  empresário Olívio Scamatti, teria entregue pessoalmente a representantes da prefeitura de Embu algumas das parcelas das propinas supostamente destinadas ao município. O empresário foi preso entre março e novembro deste ano, acusado de comandar um grande esquema de corrupção que envolveu 78 prefeituras, em concorrências fraudulentas. 

Toninho afirmou temer pela sua segurança, mas disse que não poderia se calar diante dos abusos que estariam ocorrendo na administração. Ele chegou a declarar “que todos os contratos da prefeitura de Embu das Artes estão sob suspeita” e completou que a única forma de “limpar a cidade” seria por meio da cassação do prefeito.  

“Diante de tudo que estamos vendo e levantando fica claro que a corrupção se instalou e se alastrou na administração. O único jeito de acabar com isso é cassando o prefeito. Infelizmente a Câmara não cumpre seu papel e os vereadores agem como cordeiros”, disparou. 
Segundo os documentos apresentados pelo professor Toninho durante a coletiva agentes políticos de Embu das Artes teriam recebido repasses do esquema em montantes que variam entre R$ 100 mil e R$ 5 mil. A cidade só perderia para Tocatins em relação aos valores repassados.

NOTA À IMPRENSA

O Governo da Cidade de Embu das Artes vem a público esclarecer que nenhum agente político desta administração está sendo investigado por qualquer órgão fiscalizador do poder público e que os contratos de obras de pavimentação na cidade estão plenamente regulares, seguindo os parâmetros da Lei de Licitações e Contratos. Caso os órgãos responsáveis pelo zelo do recurso público notifiquem a Prefeitura de Embu das Artes, medidas cabíveis serão tomadas.

Esclarecemos ainda que as denúncias infundadas feitas pelo partido de oposição são motivadas por disputa política e os envolvidos responderão por meio de processos judiciais.

GOVERNO DA CIDADE DE EMBU DAS ARTES


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