Fernando Fernandes e Eduardo Nóbrega rebatem críticas em reunião do Conisud
Por Sandra Pereira | 18/10/2013
“Não exigi nada do presidente da Câmara. Nós somos um grupo político e discutimos a questão política. Eles queriam tirar uma bandeira nossa. A bandeira deles é o retorno para os empresários. A nossa é retorno do povo, no km 276. Fizemos uma análise de governo a respeito. O Eduardo Nóbrega foi o primeiro a enxergar que eles queriam tirar o retorno do povo e levar para os empresários. Nós fomos lá ver e comprovamos que o retorno do km 276 atende toda a população do Pirajuçara de Taboão e de Embu”, disse o prefeito de Taboão.
Fernando Fernandes garantiu manter relação harmônica com os prefeitos das demais cidades do Conisud. Disse que ajuda as prefeituras vizinhas sempre que é solicitado. “Não tenho problema com nenhum prefeito, nem com o Chico Brito, que é do PT. Nunca tive problema com eles. Mas não vou aceitar provocação na nossa cidade. Eles têm que entender que o gesto ostensivo partiu deles. Se eles não tivessem vindo na nossa cidade criticar uma ação do nosso plano de governo poderíamos até discutir parceria. Agora eles vieram pro confronto com o governo e eu posso ter muitos defeitos, mas hipócrita eu não sou”, disparou. A fala do prefeito se refere à participação do deputado Geraldo Cruz no ato realizado no último sábado na praça Luiz Gonzaga, contra a instalação do Poupatempo no local.
“Sou fundador do Conisud. Não sou separatista e nem tampouco fiz ingerência no Legislativo. Agora sentei com o Eduardo sim. Ele é governo. Nós sentamos e discutimos o assunto politicamente. O grupo que está contra a mim é formado pela petezada mais o Paulo Félix que fez campanha comigo e agora está na oposição porque não tem o espaço que queria no governo”, declarou.
Sobre o fato do prefeito Chico Brito ter anunciado que pretende procurá-lo para conversar sobre a reunião agendada para o dia 30 Fernandes disse que se o presidente do Conisud propor a unificação do discurso vai pedir que ele se posicione por inteiro. “Quero saber qual o pensamento dele expresso em relação ao Poupatempo e a ação do deputado Geraldo Cruz de vir na nossa cidade criticar uma ação do nosso governo. O deputado foi bem votado em Taboão. Voto gera responsabilidade e obrigação. Em relação ao Poupatempo tem um ditado que se aplica bem ao deputado: quem chegou agora para criticar devia ter chegado mais cedo e ajudar a fazer. Se ele quiser trazer recursos será bem vindo porque a cidade deu voto para ele”.
O prefeito repudiou qualquer tipo de retaliação ao superintendente do DENIT, Ricardo Madalena, que esteve em Taboão da Serra e constatou in loco a necessidade de implantação do retorno na nossa cidade. “Ele deveria estar sendo homenageado pelo Conisud. Ele só nos ajudou. Deveria receber menção honrosa pelo seu trabalho. Será que eu sou o ditador? O funcionário veio de Brasília nos ajudar agora porque não veio pelas mãos deles tem que ser retaliado?”, questionou.
Na mesma linha do discurso do prefeito Fernando Fernandes, o presidente da Câmara, Eduardo Nóbrega, ressaltou que dispositivo de retorno no km 276 será importante para Taboão e Embu. “A questão é que o PT politizou o retorno. Eles querem a harmonia do discurso quando é interessante pro PT. O Poupatempo é uma ação do meu governo eles não pensaram em harmonia nesse aspecto. Eu não tinha feito a leitura de que o PT não estava alinhando o discurso com o nosso governo em outras causas importantes para a nossa cidade como o Poupatempo”, disse.