Vereadores de Taboão recebem denúncia que pode afastar Evilásio

Com a presença de sete dos 13 vereadores a Câmara Municipal de Taboão da Serra aprovou o recebimento da denuncia que pode resultar no afastamento do prefeito Evilásio Farias (PSB), faltando pouco mais de 20 dias para o fim do seu segundo mandato. O débito de R$ 16 milhões da prefeitura com a autarquia Taboãoprev motivou o pedido de investigação. Já se sabe que a prefeitura pretende sanar a dívida realizando um chamado encontro de contas. As denúncias contra o prefeito serão avaliadas por uma comissão composta pelos vereadores Paulo Félix, Cido e Tales Franco. 

Ao que tudo indica o prefeito não está tão preocupado com o mais novo embate político com a Câmara e deve viajar para o nordeste nos próximos dias. A informação causou indignação entre os vereadores que acusaram Evilásio de abandonar a cidade num momento crítico.

O Jornal na Net apurou que a provável viagem do prefeito seria uma tentativa de fugir das “pressões legislativas características dos finais de ano”. Por outro lado, os vereadores que lideram a frente pró-afastamento do prefeito defendem que a despeito de faltar poucos dias para o final do mandato ele deve ser punido exemplarmente com a perda do cargo. Mas, o que se diz nos bastidores é que afastar o Evilásio a essa altura além de empurrar para outra pessoa os erros administrativos cometidos por ele seria antecipar a sua aposentadoria, o que não deixa de ser um prêmio. 

Na próxima terça-feira, 11, a partir das 16 horas, uma nova sessão extraordinária foi convocada para tratar do afastamento do prefeito. Como ela vai acontecer antes da sessão ordinária a expectativa é de que os vereadores da base de Evilásio que se uniram num boicote nesta quinta-feira possam participar dos trabalhos. Aprígio,Wagner Eckstein, Alexandre Depieri, Fausta, Alberto Queiroz e Walter Paulo não compareceram a sessão extraordinária. 

A abertura da comissão processante contra o prefeito foi aprovada por cinco votos a favor e um contra. O vereador Paulo Félix criticou duramente a ausência dos pares na sessão. “O silêncio dessas cadeiras vazias grita aos nossos ouvidos”.