Embuense, embuense-das-artes ou embu-das-artense

Por Prefeitura da Estância Turística de Embu das Artes | 12/11/2011

O nome da cidade mudou de Embu para Embu das Artes. E como ficamos quanto ao adjetivo gentílico? Continuamos embuenses? Ou agora somos embuenses-das-artes, embu-das-artense? Veja o que diz Janderson Luiz Lemos de Souza, professor doutor de Morfologia, do curso de Letras, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

“Quando o nome do lugar consiste em mais de uma palavra, o sufixo pode se agregar ao primeiro (mato-grossense-do-sul) ou ao segundo (espírito-santense, juiz-de-forano) , são-tomeense). Com isso, quem nasce em Embu das Artes pode ser tanto embuense-das-artes quanto embu-das-artense. Essa escolha vai depender de preferências culturais, do primeiro registro de autoridade (imprensa, documento, literatura) e de outros fatores não linguísticos.”

E quem nasce em Embu das Artes teria mais uma opção como no caso do carioca, no Rio de Janeiro, e do capixaba, no Espírito Santo? Poderia ser “artista”?

“Os casos em que o adjetivo não é morfologicamente vinculado ao nome do lugar (carioca, capibaxa) são mais raros e se devem a fenômenos históricos difíceis de rastrear ou ao convívio entre formas de chamar o povo desde os primórdios do lugar. Pode ser o caso de Embu das Artes, mas a identificação desse fenômeno está na esfera da Antropologia e da História, não da Linguística.”

O professor Janderson acrescenta que o sufixo –ense é um dos que formam adjetivos gentílicos em português, dentre outros como –ano (alagoano, sergipano etc.) e -ês (português, francês etc.). Daí sua utilização para qualificar os que nasceram em Embu.
Existe mais um gentílico?

Vamos buscar mais informações na antropologia e na história. Enquanto isso, você pode se manifestar dando sua opinião sobre uma quarta definição para quem nasce em Embu das Artes. Participe desse momento histórico da cidade fundada há 457 anos, quando surgiu a aldeia M’Boy, com 52 anos de emancipação e há apenas três meses com nome novo e novos gentílicos.

Elke Lopes Muniz

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