PT e PSB se reúnem mas não selam união em Taboão

Por Outro autor | 23/10/2011

Os vereadores e principais pré-candidatos da situação à sucessão municipal em 2012, José Aprígio da Silva (PSB) e Wagner Eckstein (PT), se reuniram nesta sexta-feira, 21, onde acenaram, pela primeira vez, uma possível união dos partidos para disputar a Prefeitura de Taboão da Serra no próximo ano. Reunidos por mais de duas horas ambos buscaram a formalização de um apoio para assegurar a chapa de vice, que ainda segue indefinida por falta de acordo político. Tanto Aprígio como Wagner mantiveram suas pré-candidaturas e rechaçaram a possibilidade de um ser vice do outro.

Segundo Wagner Eckstein, o PT está no grupo político que elegeu o prefeito Evilásio Farias desde 2002. Ele afirma que o partido está preparado para a disputa majoritária em 2012, tendo o PSB como vice. Já Aprígio garante que o sucesso da vitória começa com a manutenção da aliança PSB-PT, que conseguiu aglutinar a maioria dos partidos da base governista desde 2004, quando os petistas aceitaram a união e a vice-prefeitura pela governabilidade. “Acho que é prematuro falar em composições. O PT vai trabalhar politicamente o nome do candidato na cidade e manter a união entre os partidos da base aliada”, afirmou Eckstein.

Aprígio vem sendo cobrado pelos colegas pessebistas para demonstrar mais firmeza na condição de pré-candidato. Vários membros do PSB dizem que ele "faz corpo mole", o que acaba prejudicando a imediata viabilização da sua candidatura à sucessão de Evilásio. Mas, nos bastidores do partido a indicação dele como sendo o candidato da sucessão do prefeito Evilásio Farias é dada como certa. Entretanto, todos no partido e o próprio prefeito esperam que Aprígio seja mais firme e ganhe às ruas da cidade rapidamente para fortalecer seu nome na disputa.

As cobranças do grupo parecem ter surtido efeito e Aprígio agiu rápido nesta semana e propondo a Eckstein uma reunião com a Executiva Municipal do PT para fechar um acordo entre ambos os partidos. 

Aprígio já adiantou a interlocutores que quer o PT na vice-prefeitura novamente para garantir não só a governabilidade, mas uma chapa forte que possa vencer a oposição, que terá o ex-prefeito Fernando Fernandes como principal nome. “Se o PT definir ser vice vamos começar a caminhada. Acredito que podemos fechar a união entre o PSB e o PT. Uma coligação entre os dois partidos terá sucesso. Tenho interesse em ter o PT como vice”, observou o pré-candidato do PSB.

Se a vontade de Aprígio é ter o PT como vice, Eckstein, por sua vez, adiantou que o partido manterá postura diferente nas próximas eleições. Para ele, é consenso dentro da sigla a tese da candidatura própria nem que esse posicionamento viabilize um futuro rompimento entre a parceria atual.

 “Gosto do Aprígio e o admiro, mas o PT não vem candidato a vice. Vamos ter candidatura própria a prefeito”, garantiu. Fora do governo, além da pouca estrutura, o PT "perde" a secretaria de Cultura, hoje ocupada pela vice-prefeita, Profª Marcia, além da Secretaria de Obras, que genuinamente foi ocupada pelo petista Ricardo Rezende. Além disso, cargos estratégicos no segundo escalão da prefeitura seriam "esvaziados".

"Fernando Fernandes não tem força para ganhar eleição"


Após a saída da reunião com Aprigio, o vereador petista Wagner Eckstein falou ao Jornal Na Net que o nome de Fernando Fernandes (PSDB) não tem a força necessária para ganhar a eleição em Taboão da Serra. “Quem está na rua percebe que o nome do ex-prefeito sofre um desgaste político eleitoral pela situação em que ele deixou a cidade. Politicamente, no meu ponto de vista, o nome dele não representa nada. Não tem a força necessária para ganhar a eleição”, afirmou.

Ele ainda garantiu que a estratégia do PT para ganhar a eleição será a unificação dos partidos da base aliada em torno do seu nome e, como pano de fundo, tentará convencer os governistas a apoiar o PT, pois o partido, além de ter um nome novo na cidade, foi o principal responsável pelos investimentos feitos em Taboão da Serra nos últimos nove anos do governo Lula-Dilma. “Vamos mostrar que podemos fazer mais com um candidato do PT, junto com o governo Dilma e os partidos aliados”, afirmou Wagner Eckstein.

Texto: Sandra Pereira e Bruno Anderson 

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