Renato Oliveira assume a prefeitura de Embu após Ney Santos e Hugo serem afastados

Por Da Redação do Jornal na Net | 17/08/2022

O presidente da Câmara Municipal de Embu das Artes, Renato Oliveira (MDB), tomou posse nesta terça-feira (16) como prefeito interino. O prefeito, Ney Santos (Republicanos), e o vice dele, Hugo Prado, foram afastados do cargo por decisão judicial que cassou a chapa de ambos.

Renato assumiu o cargo após uma sessão extraordinária que começou às 16h, durou menos de 30 minutos e foi tumultuada. A segurança teve que ser reforçada. A Câmara cumpriu a decisão da Justiça Eleitoral e deu posse ao presidente da Casa. Ele ocupa o cargo, que estava vago desde que o TRE confirmou, na sexta-feira (12), a cassação da chapa de Ney Santos.


O prefeito interino é integrante do alto escalão dentro do time Ney Santos, o que garante a não realização de mudanças de secretário no governo. Renato já entra na história como o mais jovem prefeito de Embu das Artes, caso haja nova eleição pode inclusive concorrer à reeleição.

Em suas redes sociais, Ney Santos atribuiu a cassação às perseguições políticas, que ele afirma sempre ocorrer em ano eleitoral. Ele disse estar confiante de que vai reverter a decisão em instâncias superiores.



Agora, é a Justiça Eleitoral que vai decidir se vai haver ou não uma nova eleição para prefeito em Embu das Artes. Se essa possibilidade se confirmar haverá um duelo gigantesco pela cadeira, que vai começar no grupo de Ney Santos, onde estão Renato Oliveira, Hugo Prado e Pastor Marco Roberto, todos elegíveis ao cargo.


Cassação
Para o juiz, nas eleições de 2020, a chapa publicou propaganda institucional e isso configurou abuso de autoridade.

A cassação já havia sido feita em abril deste ano, mas a defesa entrou com recurso, que foi julgado na quinta-feira (11). Em 2021, em nota, a defesa de Ney afirmou que ele está sendo vítima de perseguição política.

Ação
A ação de cassação da chapa foi proposta pelo PSOL, partido de oposição do prefeito, e alvo de investigação do Ministério Público Eleitoral.

De acordo com o magistrado, a denúncia aponta que houve desrespeito à Constituição e à Lei Eleitoral.

Segundo a denúncia, Ney Santos “extrapolou no limite da publicidade” ao fazer publicações em jornais que apresentavam balanços de prestações de conta do seu mandato e do combate à Covid-19 na cidade. O candidato à reeleição não usava o termo prefeitura nas publicidades, mas sempre o nome dele. No entendimento do juiz, houve abuso de poder econômico.


Foram feitas diligências em uma gráfica que confirmaram que esses jornais com as prestações de contas foram confeccionados no local.

Outro ponto da denúncia também aponta que o vice-prefeito Hugo Prado foi fotografado distribuindo cestas básicas na cidade.

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