Vice-prefeito de Embu-Guaçu é preso durante audiência em fórum

Por Sandra Pereira | 21/06/2011

O vice-prefeito de Embu-Guaçu, Fernando Branco Sapede, foi preso nesta segunda-feira (20) por determinação da Justiça quando participava de uma audiência no fórum da cidade da Grande São Paulo, de acordo com o advogado de defesa dele, Robson Carnielli.  O vice-prefeito responde por falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina.  Ele também é acusado de dirigir embriagado e atropelar duas pessoas na cidade.  Ele foi transferido para a delegacia de Taboão da Serra, porque não havia lugar na delegacia de Embu-Guaçu.   

Os constantes envolvimentos do vice-prefeito em situações policiais acabam colocando a administração do prefeito Clodoaldo Leite em risco.  O prefeito é pré-candidato à reeleição, mas, na cidade já se sabe que ele procura outro vice-prefeito. Sapede é considerado “doente” pelas pessoas da administração em razão dos seus problemas constantes com a bebida.

Segundo a polícia, o vice-prefeito emprestava o carimbo e o registro do CRM para outra pessoa exercer a profissão. Segundo o advogado dele, o funcionário era apenas um estagiário que fazia uma triagem dos pacientes no momento em que ocorreu a fiscalização.

De acordo com o advogado de defesa, Fernando Sapede respondia ao processo em liberdade. No dia 12 de abril, no entanto, o vice-prefeito atropelou um homem de 43 anos, que teve ferimentos leves, em uma estrada de terra na zona rural da cidade.

Na ocasião, a polícia civil encaminhou à Justiça acusação contra o vice-prefeito por dirigir bêbado. Testemunhas impediram que ele fugisse do local. Policiais desconfiaram do comportamento de Sapede, e fizeram o teste do bafômetro, que indicou o consumo de álcool.
Ele foi levado para a delegacia e autuado em flagrante por lesão corporal e embriaguez ao volante, mas pagou fiança e foi liberado. Ele já havia sido preso pelo mesmo motivo no ano passado. De acordo com o advogado dele, a juíza determinou a prisão do vice-prefeito nesta segunda-feira por entender que ele teria violado a fiança ao atropelar uma pessoa.

Carnielli informou que o seu cliente nega as acusações e que entrará com um pedido de habeas corpus para que ele seja liberado da prisão nesta terça-feira (21). “No caso do estagiário, ele apenas fazia uma triagem dos pacientes, sem fazer uso de registro profissional do meu cliente. E a vítima do atropelamento nem quis representar contra ele”, afirmou.
Com informações do G1

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