Mulher passa noite acorrentada na Câmara de Taboão da Serra

Por Sandra Pereira | 3/08/2016

A mulher de 55 anos que se acorrentou ontem pela manhã na Câmara de Taboão da Serra passou a noite no local e promete não sair até que seu nome e de outras 150 famílias voltem a constar entre os beneficiados de 500 apartamentos que serão construídos pela Associação Bem Viver, no jardim Salete, por meio do programa Minha Casa Minha Vida Entidades. Já faz mais de um ano que Joselina Maria Rodrigues Garcia e os diretores dos movimentos que formaram a associação entraram em rota de colisão.

Ela passou a noite acorrentada na companhia de outras pessoas que foram prestar sua solidariedade e de servidores da Câmara. 

Os diretores a acusam de ser intransigente, tumultuar as assembleias, desobedecer regras e fazer filmagens sem autorização. Ela alega ser vítima de perseguição. Diz que os diretores a expulsaram porque estava questionando irregularidades. Disse que foi tratada com descaso e preconceito. Além disso, foi retirada algemada de duas assembleias, antes de ser expulsa. Após isso ela esteve na Câmara três vezes denunciando o crime.  

No começo da noite o padre Ednei, da comunidade de Joselina esteve na Câmara para tentar fazer com que ela se desacorrentasse, mas também não conseguiu. 

O protesto inusitado dela marcou seu volta das sessões da Câmara Municipal onde outros dois moradores de Taboão também protestaram. Esses dois moradores reclamam das enchentes e da demora na conclusão das obras de canalização do córrego Poá. Eliana Maneta reclamou das obras no Jardim Mirna e lembrou os prejuízos causados pela enchente. Para ela o governo municipal não faz sua parte.

Os vereadores governistas saíram em rápida defesa do governo. Lembrando a convenção de domingo disseram que foi o maior ato político da cidade e mostra o apoio da população ao prefeito e ao seu grupo político. 

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