Vereador Marco Porta mantém pedido de CPI contra Aprígio e consegue 3 assinaturas

Por Sandra Pereira | 11/08/2015

A sessão da Câmara de Taboão desta terça-feira, 11, tinha tudo para ser tranquila, mas não foi. Terminou com o recolhimento de três assinaturas para uma CPI contra o ex-vereador José Aprígio. O vereador Marco Porta se encarregou de botar fogo na Casa quando voltou a propor de tribuna CPI contra o ex-vereador José Aprígio. Porta surpreendeu todos ao comentar de tribuna boato que circula na cidade dando conta de que ele teria recebido dinheiro do ex-vereador Aprígio para apoiar sua candidatura a prefeito de Taboão da Serra em 2012. Marco Porta disse que a acusação era pública, mas era mentira e pediu que a vereadora Luzia Aprígio apresentasse as provas que tivesse. Luzia Aprígio rebateu dizendo que Porta conhecia o caminho até Aprígio, e que se tinham dúvidas devia tratar direto com ele. Sobre a CPI ela enfatizou que se a Casa quisesse investigar deveria estender a investigação ao empresário Joel Garcia. Durante a sessão os vereadores aprovaram dois projetos em regime de urgência. O primeiro trata de um novo parcelamento de dívidas do TaboãoPrev e o segundo concede título de cidadão taboanense ao apóstolo Josué Pereira dos Santos. 

“Se tiver havido alguma coisa diferente entre o seu Aprígio e eu a senhora fale. Criaram um mito na cidade de que o vereador Marco Porta havia pegado cifras do seu Aprígio e depois migrou para apoiar outra candidatura. Isso é mentira. Mas quero que me mostre se houve alguma transação econômica para o partido ou pra mim. A não ser que ele use caixa dois, o que eu prefiro não acreditar”, disparou Porta. 

O vereador que teve de enfrentar de seu calcanhar de Aquiles na vida pública: o fato de ter sido secretário municipal de Finanças do ex-prefeito Evilásio Farias, de quem rejeitou as contas de três anos em votações na Câmara. 

“Antes de deixar a secretaria conversei com o Evilásio e disse que aquilo estava afundando como o Titanic e eu ia sair”, explicou. 

Diferente da semana passada o pedido de CPI de Marco Porta recebeu assinaturas. O vereador André Egydio foi o primeiro a assinar e disse que a investigação podia contar com o apoio do PSDB. Logo depois Eduardo Lopes também assinou. Outros vereadores governistas também sinalizaram que pode assinar a CPI, deixando claro que a investigação está em vias de ser aprovada. 

 Eduardo Nóbrega, disse que vinha a muito tempo alertando para o risco de antecipação da campanha. Antes de anunciar que iria assinar a CPI falou que a oposição insistiu em denúncias e a tentativa de desgastar o governo.

No bojo da discussão a vereadora Luzia Aprígio voltou a insinuar que vereadores da cidade procuravam o marido dela. Como ela não citou nomes fez a suspeita recair sobre os vereadores Marco Paulo, o Paulinho, Ronaldo Onishi e Érica Franquini, eleitos na coligação de José Aprígio na última eleição municipal. Os três rechaçaram a informação e garantiram apoio irrestrito ao governo de Fernando Fernandes. Paulinho disse que foi eleito com Aprígio mas desde que apertou as mãos de Fernandes está com ele, vai permanecer e estará com ele na reeleição. Ronaldo Onishi salientou que o Solidariedade foi o primeiro partido a declarar apoio a reeleição de Fernando Fernandes. Érica Franquini agora está no PSDB partido do prefeito. 

O fato curioso é que vez por outra a história de vereador conhecer o caminho até Aprígio é lembrada na Câmara. Já motivou dezenas de debates, foi argumento para diversas “brigas” e quase provocou crises. Mas ninguém parece ter vontade de pôr fim à suposta polêmica que já se estendeu por mais da metade do governo de Fernando Fernandes e na prática não aponta para nada concreto.

Questionada pela reportagem do Jornal na Net Luzia Aprígio disse que costuma afirmar que os vereadores conhecem o caminho até seu Aprígio porque não quer levar recados ao marido. "Não sou correio. Não sou menina de recado. O que disse e repito é que todo mundo sabe onde o seu Aprígio fica e se quiserem falar com ele é só ir lá. Isso é a verdade. Não disse que alguém vai lá. Falei e repito que não vou ficar levando recado", disse a vereadora.

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