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Taboão comemora 8 anos da Lei Maria da Penha com evento no Cemur

Por Sandra Pereira | 10/08/2014

Divulgação

Faz 8 anos que a violência doméstica deixou de ser assunto tratado com sigilo dentro das casas para se transformar em política pública de enfrentamento ao problema. A partir da aprovação da Lei Maria da Penha as mulheres vítimas desse tipo de crime encontram amparo na legislação e nos mecanismos de proteção para iniciar um novo ciclo longe da violência. Taboão da Serra e Embu das Artes são as duas únicas cidades da região a contar com Organismo de Proteção a Mulher (OPA). Na quinta-feira, 7, no Cemur, Taboão celebrou com atividade de comemoração e sensibilização os 8 anos da Lei Maria da Penha. O evento reuniu servidores, mulheres vítimas de violência e autoridades municipais.

“Taboão da Serra está evoluindo no enfrentamento à violência contra mulheres. O fato da coordenadoria ter sido atrelada a Secretaria de Saúde foi positivo, pois aproximou o atendimento das mulheres agredidas dos serviços de saúde, do atendimento psicológico e social”, explica Sueli Amoedo, Coordenadora dos Direitos da Mulher de Taboão da Serra.

Por mês a Coordenadoria dos Direitos da Mulher de Taboão atende entre 100 a 130 casos. Durante o mês da copa os casos dobraram, segundo a coordenadora. A explicação dada por ela é que os maridos ficam mais agressivos durante os jogos.

Ela conta que a lei municipal da notificação compulsória dos casos de agressão pelos serviços de saúde e a Lei da Medida Protetiva de autoria da deputada estadual Analice Fernandes ajudaram a fortalecer a rede de proteção à mulher. A primeira garante que todas as mulheres agredidas sejam atendidas pela coordenadoria e a segunda faz o agressor constar no banco de dados da polícia da mesma forma que os devedores de pensão de alimentícia.

“Essas duas leis estão sendo essenciais no nosso trabalho. A gente dá orientação jurídica e faz atendimento psicológico e social. As mulheres confiam no nosso trabalho especialmente pelo fato de saber que temos o dever de guardar sigilo”, garante.

Sueli Amoedo revela que está em fase final o processo de instalação de uma Casa Abrigo na região voltada para o atendimento das mulheres vítimas de violência.

Na abertura do evento no Cemur a Secretaria de Saúde Raquel Zaicaner alertou para os casos de violência envolvendo servidoras municipais da cidade.

 

 

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