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Taboão é a única cidade da região a ter leitos municipais de UTI

Por Sandra Pereira | 3/07/2014

DivulgaçãoAlto custo de implantação e manutenção dos leitos de UTI impede que cidades mantenham o serviço

Sem comemoração ou solenidade de inauguração a prefeitura de Taboão da Serra pôs para funcionar há algumas semanas 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dentro do Pronto Socorro do Antena. Com isso Taboão passou a ser a única cidade da região a manter por conta própria leitos de UTI em funcionamento. O alto custo do serviço que é de alta complexidade impede que os municípios se disponham a manter UTIs por conta própria. A cidade contava até então com 21 leitos de UTI do Hospital Geral do Pirajuçara, que também atende a população de Embu das Artes.

A “ousadia” da prefeitura de Taboão em implantar os leitos fica evidenciada pelo custo alto do serviço. De acordo com dados do Ministério da Saúde um único leito de UTI custa em média R$ 90 mil, sem contar o salário de pessoal e prestadores de serviço, mas o resultado imediato do investimento é a vida vencendo mais a batalha contra a morte. 

“O Fernando não é muito festeiro. Aliás, sou cobrado pelas pessoas. Você não vai inaugurar isso? Não vai inaugurar aquilo? A verdade é que os leitos da UTI do Antena já estão funcionando. Estamos utilizando parte como semi-intensiva até terminar a reforma da semi-intensiva, mas já colocamos para funcionar”, afirmou o prefeito Fernando Fernandes em entrevista à imprensa. 

Ele disse que ao todo a cidade vai contar com 15 leitos de UTI, que devem estar em plena atividade até agosto, melhorando a qualidade do atendimento aos pacientes graves. Semanalmente o prefeito e sua equipe visitam a obra de reforma do Antena que está sendo todo reformado e ordenado por setores.

Segundo cálculos obtidos em vários sites de especialistas em saúde pública, cada cama de UTI chega a custar em média R$ 22 mil. Um respirador sai por R$ 50 mil e um monitor custam R$ 13 mil. Somando-se outros equipamentos de menor porte, cada leito de UTI custa cerca de R$ 90 mil, sem incluir o salário de pessoal e prestadores de serviço.

Outro dado que comprova o custo elevado do serviço é a diária do paciente em UTI, que pode chegar  a 25 mil reais. Um paciente custa, em média, 1,100 reais por dia. A internação completa de um paciente com septicemia (infecção generalizada) pode custa até R$ 25 mil. Estas são informações do site Ativideira.

No mínimo: quase R$ 5 mil a cada 24hs

Pelos padrões internacionais da OMS (Organização Mundial da Saúde), um dia de internação numa UTI, em qualquer parte do planeta Terra, custa (em dólares norte-americanos) algo em torno de US$ 3.000 = R$ 4.800,00, um valor em reais (moeda brasileira) seis vezes superior ao custo de um paciente considerado “comum” (portador de uma doença de baixa complexidade) internado em enfermaria. 

 

 

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