Por Sandra Pereira | 13/05/2013
Sandra PereiraÉrica da Enfermagem, Ronaldo Onishi, o diretor médico Luiz Felipe, a secretaria Raquel Zaicaner, Marcos Paulo e o vereador Cido estiveram em todos os setores do Antena
Logo na entrada do Antena um banner indicando os critérios para a ordem do atendimento chama a atenção. A explicação sobre a classificação de risco nem sempre agrada os pacientes e as reclamações são constantes. Mas, a classificação visa garantir o atendimento ágil aos pacientes de média e alta complexidade, ou seja, com maior risco de morte. Ao chegar no Antena os pacientes recebem uma etiqueta nas cores vermelho, amarelo, verde e azul. A cor vermelha garante atendimento imediato. A amarela indica necessidade de avaliação. Já as cores verde e azul significam que o paciente pode demorar mais para ser atendido.
Veja a tabela de classificação de risco exposta na entrada do Antena
Todas as mudanças foram apresentadas na última semana aos vereadores Cido, Marcos Paulo, o Paulinho, Dr. Ronaldo Onishi e Érica da Enfermagem, durante vistoria surpresa que eles realizaram na unidade. Os quatro estiveram em todas as salas e setores do Antena. Conversaram com pacientes e funcionários, tiraram dúvidas, ouviram relatos sobre como estava o atendimento e como funcionava administração. A visita deles foi acompanhada pela secretaria de Saúde Raquel Zacainer, e o diretor médico do Antena, Luiz Felipe. Um dos setores que mais impressionou a comitiva foi a rouparia que agora recebe roupas e cobertores lavados e embalados de acordo com todos os protocolos de segurança do setor.
“Taboão ainda tem características típica de cidade dormitório, onde os picos de demanda ocorrem às segundas-feiras. Fechamos a estatística do nosso 1º mês com 14.900 atendimentos. Às segundas-feiras tivemos demanda entre 500 a 800 pacientes”, revelou.
Para o diretor médico o balanço do primeiro mês de atendimento demonstra que a população precisa mesmo é de atendimento nos postos de saúde. “Esses 85% de atendimento de baixa classificação de risco deixa claro que o problema da saúde está no atendimento de baixa complexidade. Apenas 15% dos casos que recebemos em abril foi de pacientes de média e alta complexidade, para os quais somos referência. Esses pacientes recebem atendimento ágil os demais demoram porque estão fora da classificação de risco”, apontou.
A administração da Organização Social Iacta Saúde na gestão do Pronto Socorro do Antena deixou um verdadeiro rastro de destruição na unidade. Em várias salas é comum encontrar paredes e teto com mofo e pintura descascada. Também há equipamentos abandonados, enferrujados e a sujeira que ficou acumulada no piso deu trabalho para ser removida. Além disso, cadeiras de rodas, macas e até equipamentos que faziam parte do patrimônio teriam desaparecido. Outro fato que chama a atenção no local é um “incêndio” ocorrido dias antes da mudança de gestão que atingiu parte dos prontuários médicos arquivados.
A secretaria de Saúde, Raquel Zacainer, explica que esse será um dos temas tratados a partir de agora entre o município e a Iacta já que o contrato com as Organizações Sociais estabelece que todos os equipamentos adquiridos durante a gestão ficam com a prefeitura.
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