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Coordenadoria da Mulher de Taboão participa de manifestação para chamar a atenção à violência contra mulheres

Por Prefeitura Municipal de Taboão da Serra | 10/08/2012

DivulgaçãoManifestação em frente ao Tribunal de Justiça de São Paulo foi marcada por abraço solidário

No dia 03 de agosto mulheres do município de Taboão da Serra lideradas pela Coordenadoria dos Direitos da Mulher participaram do 2º Abraço Solidário, que ocorreu em frente ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, em solidariedade às mulheres em situação de violência. Com o intuito de pleitear algumas demandas que deveriam ser inerentes à Lei Maria da Penha, mas que até o momento não foram atribuídas, cerca de 100 mulheres representando movimentos sociais, sindicais e de todo o estado de São Paulo participaram do evento.

Munidas com cartazes e palavras de ordem, as manifestantes narraram experiências, cobraram ações do poder público e logo após a entrega de uma carta ao Tribunal com as requisições, elas abraçaram simbolicamente o prédio do Tribunal de Justiça. Entre as ações referidas estão a criação de um juizado específico para julgar os casos de violência contra a mulher, a criação de casas abrigo e casas de passagem e que todas as Delegacias da Mulher funcionem 24 horas, visto que os casos de violência têm maior incidência aos finais de semana e no período noturno.

Dados nacionais do Mapa da Violência de 2012 (pesquisa realizada pelo Instituto Sangari) revelam que nos últimos 30 anos aproximadamente 91 mil mulheres foram assassinadas no Brasil. O país ocupa o 7º lugar entre os países onde há mais assassinatos de mulheres, e dados da pesquisa apontam ainda que a maioria dos assassinatos de homens ocorrem nas ruas e as mulheres são mortas em casa, por companheiros, maridos, namorados ou figuras masculinas próximas. E de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública, em 2011, a cada hora pelo menos oito mulheres são agredidas, e a cada três horas uma mulher é estuprada em São Paulo.

Questionadas sobre os resultados e aderência à mobilização, as manifestantes se dizem satisfeitas e fazem uma avaliação positiva sobre o ato: “Esse é o segundo ano que essa manifestação se repete de forma muito plural, considerando a variedade de movimentos que subscreve. Não temos aqui só movimentos feministas, tem sindicalistas, pessoas que não são ligadas a movimentos nenhum, a sociedade como um todo também está endossando o ato. Isso mostra que mesmo em uma sexta-feira, no meio do dia, as pessoas estão dispostas a vir aqui para gritar contra a injustiça e para dizer que não admitem mais a violência contra as mulheres.”, relata Mariana Venturini, do movimento União Brasileira de Mulheres. Andréia Vasconcelos, integrante da Articulação de Mulheres Brasileiras do núcleo de Roraima, concorda e acrescenta que “essa atividade grita ao estado e ao governo que é importante implementar a Lei Maria da Penha na íntegra – que significa aparelhar os equipamentos e delegacias – e acima de tudo preparar a rede de profissionais para prestar atendimento adequado às mulheres vítimas de agressão”.

O evento durou cerca de três horas, e ao final um momento de reflexão com a apresentação de um trecho da peça Mulheres que Carregam o Mundo, encenada pelos alunos da turma de teatro e dança do Liceu de Artes de Taboão da Serra sob a liderança da professora Luciana Uyeda, da Secretaria de Cultura e Turismo da Cidade de Taboão da Serra.

Por Rita de Cassia

 

 

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