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Vereadores discutem e não aprovam projetos em Taboão

Por Sandra Pereira | 14/03/2012

Sandra PereiraBate-boca começou porque Macário encerrou sessão sem dar palavra ao vereador Onishi

Sem votar nenhum projeto pela terceira sessão consecutiva os vereadores de Taboão da Serra encerraram os trabalhos da Casa nesta terça-feira, 13, com uma pesada discussão. O estopim do impasse se deu na reunião de bastidores, quando o vereador Ronaldo Onishi (PSB) declarou voto contrário ao projeto que vai aumentar de R$ 6 mil para mais de R$ 10 mil o subsídio dos vereadores.

Parte dos parlamentares defendia a votação em bloco do projeto, junto com os demais constantes da pauta, a fim de evitar debate e desgaste político. Sem o já tradicional acordo da votação em bloco o projeto não passou. Sem alternativa o grupo inconformado voltou a trancar a pauta.

O final da sessão foi marcado por uma discussão acirrada entre os vereadores José Macário (PT) e Wagner Eckstein (PT). O clima entre ambos esquentou e Wagner chegou a taxar Macário de ser subserviente, por ele ter encerrado a sessão sem dar a palavra ao vereador Onishi, que foi chamado de oportunista por  Paulo Félix (PMDB). Depois de discutir com Eckstein Macário bateu boca com funcionários da usina inconformados com a reunião de quase duas horas que os vereadores fizeram no período da sessão. 


“Não tem palhaço aqui. Nós queremos respeito. Vocês ficam quase duas horas conversando e depois termina a sessão desse jeito? As coisas estão mudando. Vocês vão ver vai ter muitos aqui que não voltam”, bradou um servidor que acompanhava a sessão e esperava reivindicar aumento salarial.

Questionado pela imprensa no final dos trabalhos Wagner Eckstein admitiu ter se exaltado no calor da discussão e retirou a afirmação contra o presidente.
O voto contrário de Ronaldo Onishi a proposta de aumento dos subsídios foi recebido com severas críticas pelos vereadores Paulo Félix (PMDB), Olívio Nóbrega (PR) e Tales Franco (PRP). Os três apresentaram pedido de vistas de cinco dias da pauta, aprovado com oito votos favoráveis.

Na defesa do pedido de vistas o vereador Paulo Félix usou a tribuna da Câmara e atacou Ronaldo Onishi a quem culpou pela nova obstrução da pauta. Félix afirmou na tribuna, numa espécie de recado ao prefeito que Onishi acabou travando a votação de projetos como o do Conegro e o Pró-jovem.

 

 

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