Por Outro autor | 13/01/2012
Arquivo Jornal na NetVerba é destinada para prevenção de enchentes
Entre os municípios brasileiros listados como prioritários para receber recursos de prevenção contra enchentes, o maior contemplado no ano passado também é administrado pelo PSB, partido do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, recebeu R$ 3,4 milhões do Programa de Prevenção e Preparação para Desastres da pasta em 2011, de acordo com a ONG Contas Abertas.
Em Taboão, cidade de cerca de 250 mil habitantes, o dinheiro do Ministério da Integração, segundo a prefeitura local, foi usado para a canalização de uma parte do Córrego Joaquim Cachoeira. A obra teve uma contrapartida de R$ 800 mil da administração de Taboão e está praticamente pronta.
O convênio com o município paulista foi assinado em dezembro de 2007, de acordo com o Portal da Transparência da Controladoria Geral da União (CGU), quando o Ministério da Integração era comandado por Geddel Vieira Lima, do PMDB. Na época, o prefeito de Taboão já era Evilásio Farias, do PSB, que foi reeleito em 2008.
Por mais de três anos, nenhum centavo do convênio foi liberado para a cidade paulista. Somente no ano passado, quando a pasta já estava nas mãos do PSB, é que o dinheiro saiu dos cofres do governo federal. Os R$ 3,4 milhões foram liberados de uma vez no dia 24 de maio.
O secretário de Obras e Infraestrutura do município, Ricardo Rezende, nega que o fato de o ministro e o prefeito serem do mesmo partido tenha influenciado na liberação do dinheiro para a cidade.
- Isso não teve nenhuma influência, porque o ministro é novo na pasta. Esse contrato de repasse foi assinado quando não era este o ministro. Nem sei de que partido era o ministro na época.
Lembrado de que a verba só saiu dos cofres do governo quando Bezerra já estava à frente da pasta, Rezende minimizou a coincidência:
- Uma hora o dinheiro tinha de ser pago.
O secretário diz que os municípios não têm condições financeiras de tocar obras de de prevenção de enchentes sem ajuda do governo federal e lembrou que a batalha da cidade por recursos é antiga.
- Taboão da Serra sempre foi um desastre. Houve muitos casos de morte, desabamento. Já pleiteávamos recursos desde 2006 - afirmou.
A canalização de outros trechos do Córrego Joaquim Cachoeira também recebeu recursos do Ministério das Cidades. As obras completas na região custarão R$ 30 milhões, dos quais, R$ 27 milhões devem sair dos cofres da União. A previsão é que a canalização completa fique pronta até junho.
Texto do Yahoo notícias
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