Por Sandra Pereira | 11/12/2009
Categoria perdeu o apoio da câmara
Depois de declarar apoio ao Transporte Alternativo de Itapecerica da Serra a Câmara Municipal recuou. Os vereadores aprovaram há dois meses uma emenda que previa a participação de pessoas físicas na licitação do transporte que deve acontecer no próximo ano. A aprovação foi amplamente comemorada pela categoria que lotou a Câmara na ocasião. Mas, a prefeitura vetou o projeto e ele voltou a ser apreciado pela Câmara.
Dessa vez, em votação secreta, os vereadores decidiram por 6 votos contra 5 e uma abstenção manter o veto da prefeitura. Com isso, a esperança da categoria de permanecer no sistema como atualmente foi por água abaixo.
A idéia é dar caráter jurídico aos134 detentores de alvarás na cidade, segundo Clóvis Pinto.
“Eu gelei quando vi o veto. O parecer dizia que o projeto era ilegal e inconstitucional. Esse projeto foi muito discutido, por isso me senti como um bandido. Nossa assessoria jurídica garante que o projeto não é ilegal, inconstitucional e nem possui vícios de iniciativa”, justificou o vereador durante a defesa do projeto na Tribuna.
Ele acrescentou que ao rejeitar o veto do prefeito os vereadores estariam defendendo um segmento que há décadas existe na cidade. “Não fosse o transporte complementar Itapecerica estaria numa situação muito difícil”, defendeu.
Perueiros deixaram o plenário revoltados com os vereadores da cidade
Mas, apesar do esforço de Clóvis Pinto o veto da prefeitura foi mantido. Vários perueiros deixaram o plenário indignados. Eles acusavam os vereadores de só procurar a categoria no período eleitoral. Os mais revoltados prometiam até mesmo rechaçar os vereadores em função da manutenção do veto da prefeitura.
“Vocês não deixam pais de família trabalhar”, criticavam.
O clima ficou tenso na Casa. Enquanto os perueiros deixavam o local indignados o vereador Clóvis Pinto, autor do projeto, tentava acalmar os ânimos e renovar as esperanças da categoria.
Além de garantir a participação das pessoas físicas no certame o documento dava estabilidade aos atuais operadores até que o processo licitatório seja concluído. A categoria considerava o apoio da Câmara fundamental para vencer a crise instalada na cidade desde o anuncio da licitação.
O edital que vai nortear o certame deve ser apresentado na próxima semana. Apesar de dividida a categoria promete se mobilizar. A maioria afirma que não tem como sobreviver sem o trabalho.
A situação do Transporte Alternativo de Itapecerica é bem parecida com a de Taboão da Serra, onde a licitação segue na fase de avaliação da documentação.
Após deixar o plenário categoria se reuniu na entrada da porta da Câmara, mobilização vai continuar
As matérias são responsabilidade do Jornal na Net, exceto, textos que expressem opiniões pessoais, assinados, que não refletem, necessariamente, a opinião do site. Cópias são autorizadas, desde que a fonte seja citada e o conteúdo não seja modificado.