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Intimidade devassada de “Pedro e Domitila” chega ao Clariô, neste sábado

Por Outro autor | 23/02/2023

Rogério Gonzaga | 3 Tons ProduçõesEste projeto está contemplado pelo ProAc (Programa de Ação Cultural) da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. “Pedro e Domitila”, de Ênio Gonçalves

A fofoca é um fenômeno universal. E a comédia “Pedro e Domitila” escancara para o grande público o que acontecia atrás da porta entre um imperador e a sua principal amante. O espetáculo acontece no Teatro Clariô neste sábado (25) e domingo (26).

Quando o ator e dramaturgo Ênio Gonçalves escreveu “Pedro e Domitila” em 1984, não havia os personagens Zefa e Tião. Só anos depois o casal de negros escravizados entrou em cena. São eles que conduzem a plateia no labirinto das paixões desenfreadas de dom Pedro I e Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos. O ator Zhé Maria (Tião) tem uma longa intimidade com este texto. Trabalha na peça desde 8 de fevereiro de 2008, em uma grande reestreia no Teatro Sérgio Cardoso, quando foi dirigido pelo próprio Ênio Gonçalves.

A atriz Bell Talarico (Domitila) sobe aos palcos desde 2017 com ênfase em musicais. “Entrei na arte aos 12 anos de idade mais como dançarina do que como atriz. Depois fui me apaixonando e escolhi o teatro”, conta.

A personagem Zefa ganha vida na pele de Andrea Neres, que atua desde 1996. Com formação em Pedagogia, a atriz sabe como poucos que o riso é um bom método de mostrar/ensinar ao povo os bastidores da história do seu país.

A espada (e outras partes do corpo) de dom Pedro I é levantada por Rodrigo Bianchini, criador da Cia de Teatro AsSimétrica, e com mais de uma década no cenário cultural de Embu das Artes. A obsessão do imperador pelo sexo impacta a plateia literalmente, quando o personagem precisa fugir de um chifrudo enciumado.

O diretor do espetáculo José Geraldo Rocha tem meio século de estrada teatral. Também dramaturgo, tem em sua estante prêmios da APCA, Governador do Estado, APETESP, Mambembe, e outros.

O fotógrafo Rogério Gonzaga registra o movimento cultural das periferias paulistanas “desde o século passado”, como gosta de brincar. Quando não está por trás do visor da sua câmera, se dedica à edição de livros e ao Praçarau, criado por ele em 2011.                                                                                                                                   

Luz e som do espetáculo estão nas pontas dos dedos do ator Ney Rodrigues, trabalhador cultural desde 1992. Começou em grupos de teatro amador de Taboão da Serra, e depois se esparramou pelos cenários artísticos da Grande São Paulo.

Este projeto está contemplado pelo ProAc (Programa de Ação Cultural) da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

 

“Pedro e Domitila”, de Ênio Gonçalves

Teatro Clariô

Sábado (25) às 20h – domingo (26) às 19h

R. Stª Luzia, 96 – Taboão da Serra/SP

Classificação: 16 anos

Entrada gratuita

 

 

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