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Como está a disputa para definir quem vai sediar a Copa do Mundo de 2030?

Por Outro autor | 7/02/2023

Getty ImagesA candidatura sul-americana tem como principal trunfo repetir o torneio cem anos depois de sua primeira edição no continente, como aconteceu em 1930, quando a Copa foi sediada pelo Uruguai.

O centenário da Copa do Mundo está próximo. Em 2030, a competição terá um marco especial para celebrar e, com isso, muitos países estão interessados em receber o torneio. O Mundial, um dos eventos mais importantes no mundo do futebol e noticiado em sites como o jornalesportes, tem muitos candidatos em potencial, mas a FIFA ainda não definiu quem será o escolhido.

Já se sabe que a Copa de 2026 será dividida entre EUA, Canadá e México. Para 2030, há candidaturas da Europa, América do Sul e Oriente Médio, cada uma delas com seus atrativos para tentar convencer a entidade máxima do futebol a receber o Mundial.

Na última semana, o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou em um evento na Argentina que havia conversado com autoridades do país para ser mais um na lista de proponentes a receber a Copa. Já há uma candidatura com Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.

“Nós o parabenizamos pelo tricampeonato (mundial) e pedimos a ele que nos ajude para que a Bolívia seja a sub-sede da Copa do Mundo de 2030”, explicou Morales.

”Esperamos que nosso presidente Lucho Arce possa nos acompanhar nesta campanha“, disse Morales ao afirmar que a construção de estádios de futebol “não é um mau investimento“.

O ex-presidente boliviano deve se reunir nos próximos dias com o presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA), Claudio Tapia, e também com o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Domínguez, para avançar nas negociações.

A candidatura sul-americana tem como principal trunfo repetir o torneio cem anos depois de sua primeira edição no continente, como aconteceu em 1930, quando a Copa foi sediada pelo Uruguai.

Outra possibilidade está na Europa, com a união ibérica entre Portugal e Espanha. Os dois países teriam cerca de 12 cidades-sede. O principal trunfo desta candidatura se dá pelo fato de que a última copa na Europa aconteceu em 2018, na Rússia.

Via de regra, a Fifa nunca permite que o continente fique por mais de duas Copas sem receber a competição. Como a última aconteceu no Catar e a próxima será na América do Norte, o mais provável é que o torneio seja sediado no Velho Continente.

Outro elemento que ganhou força no noticiário europeu nas últimas semanas é a chance da Ucrânia se juntar à candidatura europeia. Seria uma forma, ainda que simbólica, de ajudar na reconstrução do país afetado pela guerra contra a Rússia.

Por fim, outra candidatura que começa ganhar força é da Arábia Saudita. O país, com pouca tradição no futebol, quer convencer a Fifa pelo bolso, assim como fez o Catar em 2022.

Para tentar alavancar a popularidade do país, magnatas estão investindo em clubes e jogadores, como Cristiano Ronaldo, estrela portuguesa que foi contratada pelo Al Nassr. Mesmo negando que sua ida ao país não faz parte do pacote do Mundial, há indicativos de que ele pode se tornar embaixador da candidatura em um futuro próximo.

Uma definição sobre quem vai sediar a Copa de 2030 deve acontecer apenas em 2024, mas os países não deixarão de negociar. A lista de atrativos deve crescer, assim como a expectativa do público.

 

 

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