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Câmara de Taboão extingue 11 cargos e enxuga contas para se adequar a redução no Orçamento; diz presidente

Por Sandra Pereira | 17/11/2010

Vereadores não discutiram assunto no plenário nem justificaram votos

A Câmara Municipal de Taboão da Serra extinguiu 11 cargos de livre nomeação nesta terça-feira. Segundo o presidente da Casa, vereador José Luiz Elói, não haverá demissões porque os cargos estão vagos em função de uma reestruturação interna. Ele negou que a extinção dos cargos foi uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado, mas declarou que a Câmara vem reduzindo custos em função da redução do orçamento da Casa em quase 20% a partir de 2009.

“Nós não temos mais selos, não compramos mais. Reduzimos a quantidade de gasolina de até 300 litros para 40 por vereador. Reduzimos a estrutura de gráfica, envelopes, para atender duas questões a primeira enxugar as contas e a segunda se adequar ao Orçamento”, admitiu.

Segundo o presidente alguns dos 11 cargos extintos na terça-feira foram ocupados por servidores contratados por meio de concurso público, como foi o caso dos cargos de contador, recursos humanos, citados por ele.

Elói afirmou que a extinção dos cargos vai possibilitar uma economia entre R$ 15 a R$ 20 mil mensais. Os cargos extintos foram criados a partir de 1999. Segundo ele os valores dos cargos variam entre R$ 700,00 até R$ 4.000,00.

O assunto foi tratado em reunião secreta entre os vereadores, nenhum deles justificou voto e a aprovação aconteceu em bloco, junto com outros dois projetos de Lei após quase 2 horas de reunião entre os parlamentares. Poucos minutos após eles voltarem ao plenário a sessão foi encerrada.

A despeito do presidente negar que a Câmara esteja enfrentando uma “crise” vereadores e até funcionários reclamam das dificuldades orçamentárias da Casa. Os vereadores dizem que os cortes na estrutura dos gabinetes afetam diretamente o mandato deles. Eles reclamam das dificuldades para conseguir xerox e da falta de manutenção dos veículos que servem aos seus gabinetes. Além disso, os vereadores também criticam o atraso no pagamento de férias e rescisões de funcionários de seus gabinetes.

Já os servidores reclamam de questões como atraso nas cesta básicas, tickets alimentação e até de condições de trabalho em função da falta de manutenção de equipamentos como impressoras, cartuchos.

 

 

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