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Bomfim Alegria Sem Fim: exposição que homenageia Aurino abre dia 21 em Embu

Por Assessoria de Comunicação de Embu das Artes | 11/10/2016

Divulgação

A arte de Aurino Bomfim (1946-2006) continua viva e inspirando novas gerações. Com apoio da Prefeitura de Embu das Artes, em sua homenagem, um grande evento reunirá mais de 150 artistas de diversas áreas, como pintura, escultura, desenho, terracota, música teatro, dança, foto, vídeo e outras, no Centro Cultural Mestre Assis do Embu, Largo 21 de Abril, 29, Centro.  A programação inclui visitas monitoradas, sarau, debate, performances, shows e muito mais! Trabalhos de Aurino também estarão expostos. A vernissage ocorre dia 21 de outubro, sexta-feira, a partir das 18h.  A visitação vai até 10 de novembro, diariamente, das 8 às 18h. A entrada é franca. 

Texto da sua esposa, Raquel Zaicaner

Em novembro de 2016 faz dez anos que Aurino Bomfim se foi. O tempo dele no Embu testemunhou grande efervescência e transformações no universo artístico e cultural dessa cidade, que tem “das artes” em seu nome. 

Para ele, viver era uma grande festa que devia ser celebrada a cada momento. Isso se reflete em sua arte em que cenas do quotidiano se apresentam com tanta alegria.

Agregador, estava sempre rodeado de pessoas enquanto pintava, tocava, cozinhava, contava histórias e dava sua risada, tão inesquecível. 

Dez anos se passaram, mas Aurino está tão presente que nos convida sempre a continuar celebrando, juntos, a grande festa de estar vivo.

Aurino Antonio Bomfim Filho

Nascido na Penha, Rio de Janeiro, em 10 de fevereiro de 1946. Filho de Aurino Antônio e Adalgisa Bomfim, terceiro de seis filhos. Vem para o Embu das Artes em 1978, junto com Raquel Trindade e o Teatro Popular Solano Trindade. 

Aqui, dedica-se à pintura, à música e à culinária. Seus trabalhos podem ser encontrados com apreciadores de arte primitiva no Brasil e em países como: França, Israel, Japão, Alemanha, Holanda, Finlândia, Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, Argentina, entre outros.

Como músico, é componente fundador do G.R.A.N.E.S. Quilombo, no Rio de Janeiro. Ritmista, atua no Teatro Popular Solano Trindade, onde ocupa o posto de vice-presidente e diretor de patrimônio. Participa também de diversos espetáculos e programas de televisão, como a recepção ao Reverendo Desmond Tutu, na praça da Sé, o programa de Inezita Barroso e outros. 

Nas artes plásticas, realiza inúmeras exposições individuais e coletivas, como o II Salão de Artes Plásticas de Taboão da Serra, a I Coletiva de Artes Plásticas da Secretaria de Estado da Cultura em Embu das Artes e a Coletiva "Arte Negra Raízes" no Paço das Artes. É membro da Comissão Organizadora do XIX Salão de Artes Plásticas de Embu. Tem obras expostas em eventos e projetos relacionados à participação do negro na arte e cultura, como o projeto Kizomba, pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, e o projeto Igualdade, pela Coordenadoria Especial do Negro do município de São Paulo.

Participa do projeto Consciência e Liberdade, realizado pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e Embaixada de Angola. Realiza exposições individuais no Cinyê Bar e Cultura e no Centro Cultural Jabaquara  Acervo da Memória e do Viver Brasileiro. 

Em 1993, junto com sua companheira Raquel Zaicaner, assume o bar e restaurante do MAIS EMBU (Movimento de Artistas, Intelectuais e Simpatizantes de Embu), retomando uma atividade que o fez muito conhecido na cidade, por fazer "comidas comunitárias" em panelões, ao redor dos quais se reúnem artistas e intelectuais embuenses num momento de grande efervescência cultural.

O bar no MAIS EMBU retoma essa trajetória, que continua com o restaurante Adjuntó do qual foi sócio proprietário. 

Em 2005, integra o grupo de primeiros artistas que fazem parte da Palhoça de Artes, com produção ao vivo, no Centro Histórico do Embu, onde trabalha e expõe até sua morte.

Neste período, é um dos artistas da comitiva do Embu das Artes que vai para Padre Paraíso, em Minas Gerais, juntamente com Tonia do Embu e com o grupo do Memorial Sakai, para intercâmbio cultural. 

Aurino Bomfim falece em 26 de novembro de 2006. Deixa quatro filhos: Alexandre, Fábio, Adalgisa (Dadá), Ruth e o enteado Vitor.

 

 

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