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Maternidade de Embu está lacrada para reforma e gestantes são orientadas a procurar outros locais

Por Sandra Pereira | 27/06/2016

Sandra PereiraEntrada da maternidade Alice Campos e do Pronto Socorro Infantil está lacrada

Desde o dia 16 de junho a maternidade Municipal Alice Campos, em Embu das Artes, foi fechada para reforma. A entrada do local foi lacrada com tapume e não há nenhuma equipe destinada a atender as gestantes que buscam atendimento ou aquelas que vão dar à luz.  Na entrada da maternidade um cartaz diz que o “atendimento foi redirecionado por motivo de reforma”, mas não informa para onde, e orienta às gestantes a buscarem mais informações no Pronto Socorro Central. Areia e entulho de construção deixados no local dão a entender que a obra foi iniciada. Parte do Pronto Socorro Infantil também está sendo reformada. 

Ao seguir essa orientação as munícipes ouvem dos atendentes que devem procurar as maternidades de Taboão da Serra ou Itapecerica da Serra. Eles também dizem que as mulheres devem ir procurar esses serviços por conta própria.  

“Tem que ir para Itapecerica, ou HGP, em Taboão da Serra. Aqui não atende mais. É melhor ir direto para uma dessas maternidades”, orientam os funcionários na recepção do PS Central. 

 A única maternidade municipal de Embu das Artes deverá ficar fechada por 5 meses para reforma de sua infraestrutura. Segundo informações da administração e dos vereadores da cidade a maternidade apresenta infiltrações no berçário, problemas na rede elétrica, entre outros que inviabilizam seu funcionamento e pode até trazer risco de infecção aos bebês e suas mães. 

 Fato curioso é que até poucos meses nenhum agente político da cidade parecia conhecer os problemas que acarretaram no fechamento da maternidade municipal. Em três anos da atual legislatura a situação crítica do local nunca foi discutida no parlamento municipal. 

Assim como o fechamento do Pronto Socorro do Vazame, o fechamento da maternidade causou ampla repercussão na cidade. O PS Vazame foi fechado para se transformar em Hospital Leito, entretanto, a mudança desagradou a população, mesmo os que reclamavam constantemente contra a qualidade do atendimento no local.  

O outro lado

A prefeitura de Embu diz que a maternidade municipal passará por reformas no telhado, hidráulica, elétrica, pintura geral, construção de novos consultórios e ampliação das salas de pré-parto e leitos de internação para oferecer um parto mais humanizado, com mais conforto e qualidade no atendimento às gestantes do município. A administração pondera que após a reforma, a Maternidade Municipal Alice Campos Machado permitirá a presença junto à parturiente de um acompanhante, durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. 

A administração esclarece que a reforma da maternidade também atende a interpelação feita pelo Ministério Público Federal (MPF). Diz que a Prefeitura de Embu das Artes foi questionada pelo MPF e fará a adequação da estrutura física da Maternidade Municipal, de acordo com a Lei 11.108/2005 (que alterou a Lei 8.080/90), que regulamenta os serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  

De acordo com a prefeitura parte do Pronto-Socorro Infantil também passará por reformas, mas seu funcionamento não será interrompido, apenas mudará a porta de entrada, que será pelo PS Central, durante o período da obra.

 

 

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