O candidato a deputado federal Ney Santos afirmou em entrevista coletiva após deixar a Delegacia Seccional de Taboão da Serra, às 21h30 da quarta-feira (15) que  está sendo vítima de perseguição política por estar a frente das pesquisas para deputado federal da região.

Ele foi alvo de uma operação da Polícia Civil por suspeita de enriquecimento ilícito. Mesmo sem estar preso o candidato passou o dia na Delegacia acompanhando as avaliações preliminares da documentação apreendida pela polícia. Ele deve ser ouvido na próxima semana num depoimento formal sobre o assunto.

"Tudo isso não passa de perseguição política. Estamos em primeiro lugar nas pesquisas e incomodando bastante aqui na região. Estamos acabando com a máfia dos políticos. Por que não fizeram isso antes? Por que isso só aconteceu agora, a 18 dias das eleições?", questionou.

Ney Santos garantiu que o episódio não vai prejudicar sua campanha e disse que nessa quinta-feira (16) volta a cumprir a agenda de atividades. Ele afirmou que está confiante na vitória.

“Nossa campanha continua com certeza e vai crescer cada vez mais. As pessoas que me conhecem sabem que está havendo perseguição política. Vamos para a rua. Nada vai parar e vamos chegar à vitória�, disse.

Ney Santos negou as acusações feitas pela polícia e declarou que não tem nenhuma  ligação com a facção criminosa conhecida por agir nos presídios paulistas. “Se eu tivesse alguma ligação com eles o meu escritório teria sido assaltado duas vezes e a pessoa responsável pela parte financeira da campanha teria sido sequestrada?. Isso aconteceu, tem Boletim de Ocorrência. Ela foi sequestrada não levaram dinheiro mas mandaram um recado para eu me afastar da campanha�, revelou.

O candidato garantiu que a Ferrari apreendida durante a operação foi declarada assim como os seus demais bens, mas disse que o veículo ainda está alienado por não estar quitado."Não devo nada. Todos os meus bens foram declarados. O que não foi declarado ainda vai ser no próximo ano. Tudo o que eu tenho foi adquirido com trabalho", afirmou. "Foi denúncia anônima e a polícia foi induzida ao erro. Quando a Justiça se pronunciar, daqui a alguns dias, vai dizer se está tudo certo ou errado", completou.

O advogado de Ney Santos, Francisco Assis Henrique Neto Rocha, negou que haja provas de que o candidato tenha um patrimônio de R$ 50 mil.

Em agosto, a polícia recebeu uma denúncia anônima dando conta de que o candidato estaria ligado a uma facção criminosa e construiu um patrimônio de R$ 50 milhões em quatro anos. Segundo a polícia, entre os bens dele estão cerca de 40 empresas, sendo 18 postos de combustíveis e uma financeira.

Ney Santos afirmou que é proprietário de oito postos de gasolina atualmente. "Eu compro, construo e vendo postos de gasolina. Por isso, que estão falando em 30 postos, porque já passaram no meu nome, mas a maioria já foi vendida e eu tenho como provar. Vim aqui porque não devo nada e acredito na justiça", concluiu.

Assista a entrevista do candidato:

http://www.youtube.com/watch?v=l5uIT5pzQmw

http://www.youtube.com/watch?v=oZjshOoexc4