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Fim de semana com dança e 15 mil turistas em Embu das Artes

Por Prefeitura da Estância Turística de Embu das Artes | 21/07/2015

Guego

Na tarde de domingo, 19/7, os expositores da Feira de Embu das Artes comemoravam os resultados do dia. No segundo fim de semana de férias, a cidade recebeu mais de 15 mil pessoas. Parte delas, além dos prazeres gastronômicos – a Praça de Alimentação, criada em 2011 pelo prefeito Chico Brito, teve o seu maior número de visitantes, 5 mil–,  comprou arte, artesanato, animais, plantas, se divertiu e se emocionou na 6ª Mostra de Dança Cigana, onde também leu a sorte e retirou os maus fluidos no ritual xamânico. 

A Mostra de Dança Cigana, com apresentações contínuas por todo o dia, lembrou eventos culturais de grandes cidades do mundo, em que pessoas entram, assistem à apresentação de um determinado grupo ou artista e saem. Ou não. Caso de Juliana Cerqueira, que veio de São Paulo para assistir ao show das dançarinas do Espaço Romany, do bairro de Santana, na Capital, e adiou para bem mais tarde o seu retorno. “É muito bom. Quero ver tudo”, disse. 

No palco do Mestre Assis dançarinos de todas as idades, a maioria feminina, se apresentaram sozinhos e em grupos. Nas apresentações houve surpresas, como dança cigana ao som de Vivaldi, dança do fogo, dança com espada, cada uma com seus significados. As cores, o brilho dos adereços, os movimentos precisos dos dançarinos encantaram a plateia.

ATS, uma novidade 

Raquel Coelho, do Espaço Romany, com formação clássica, mas que hoje se dedica às danças étnicas, apresentou, juntamente com professoras e alunas da sua escola, a ATS, sigla de American Tribal Style ou estilo tribal americano. “Foi inventada em 1980, mas no Brasil é recente. Para aprender, não precisa ter preparo e em três meses já dá para dançar com a gente. A pessoa tem de ser maior de idade, porque a dança trabalha a união das mulheres e as mais novas têm dificuldade de entender, ainda estão muito ligadas ao ego, preocupadas com a beleza. Tem de estar todo mundo junto, unido”, diz.

Os passos da ATS são baseados no flamenco, na dança do ventre, na dança indiana (katak) e nas danças nômades. A música é de diversas tribos e pode ser espanhola, árabe, africana, “tudo que remeta a tribo”. Uma das principais características da ATS é que só se dança em grupo e os passos são improvisados, mas com base em senhas que permitem dançar em grupo em qualquer parte do mundo. 

Em toda dança cigana, a vestimenta e os adereços são essenciais. Lilian Kanako é professora, dançarina e também produz as roupas. Afirma que de início é preciso saia, calça para usar por baixo a choli (lê-se tioli), uma blusinha bem curta, com um custo de cerca de R$ 250, para dançar ATS. Homens usam calça com colete ou sem camisa. O curso custa R$ 130, com uma aula por semana. “Temos espírito de tribo e a gente se empresta muita coisa”, diz. 

O figurino do ATS mostra um pouquinho de cada povo do mundo. “Deixa o ventre à mostra, mas é imponente para que a mulher seja respeitada. Embora com o ventre à mostra, usamos saia, com calça por baixa, parte superior coberta. A gente consegue mostrar o lado feminino e fica à vontade para desenvolver a dança”, explica Kanako. 

A Mostra de Dança Cigana foi coordenada pelo grupo Alma Cigana de Embu das Artes, com apoio da Prefeitura de Embu das Artes, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.






 

 

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