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Prefeito de Taboão corta horas extras e gratificações para driblar crise financeira

Por Sandra Pereira | 7/07/2015

ArquivoPrefeito de Taboão diz não vê luz no fim do túnel para crise que assola as cidades

Para tentar minimizar os efeitos da crise financeira que assola os municípios brasileiros e depois dos cortes feitos pelos governos federal e estadual  a prefeitura de Taboão da Serra adotou medidas de arrocho. De acordo com o prefeito Fernando Fernandes somente as áreas de saúde e educação serão poupadas dos cortes. Ele disse não ver “luz no fim do túnel” e salientou que a perspectiva é de que a crise piore no segundo semestre e se estenda até 2016. 
“Estamos fazemos muito cortes. Já tiramos hora extra, gratificações  e reduzindo o custo com aluguel de carros, por exemplo. Os cortes são periféricos para não atingir o núcleo central do governo. Só não abrimos mão dos investimentos em saúde e educação que são áreas essenciais. Mas o cenário é muito ruim”, relatou  Fernando Fernandes.

O prefeito avaliou que o cenário econômico é muito ruim e os números mostram que a tendência é o agravamento da crise. Desde os primeiros meses do ano Taboão vem registrando redução na arrecadação de tributos como IPTU, ISS e ICMS. Além disso, repasses do governo federal estão em atraso. Quase um ano depois de aberta a UPA ainda não recebe os recursos devidos do Ministério da Saúde, o que agrava a condição das finanças municipais. 

“Não estamos vendo luz no fim do túnel. Esperava-se que no segundo semestre desse ano houvesse melhora e não vai. Já se sabe que nem no próximo ano haverá melhora. Estamos vendo um governo federal abatido, que foi nocauteado. Isso é muito negativo. Não nós dá expectativa nenhuma de melhora. Falo com isso com tristeza porque como prefeito vejo a cidade ficar numa situação delicada”, alerta.

A crise que o prefeito cita já vem sendo sentida há tempos pelas famílias. A cada ida ao mercado os moradores podem comprovar o aumento dos preços e a redução do poder de compra. Por todo o país os economistas alertam para a necessidade do consumo consciente a fim de evitar endividamento. 

Paralelamente os órgãos de avaliação de crédito apontam aumento da inadimplência que cresce lado a lado com o desemprego. 

 

 

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