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Vereadores rejeitam novo pedido de cassação do prefeito de Taboão e pedem fim de denúncias

Por Sandra Pereira | 3/06/2015

Cynthia Gonçalves

Um novo pedido de cassação do prefeito Fernando Fernandes, o décimo consecutivo, dessa vez sob a alegação de que o Assai Atacadista se instalou em Taboão da Serra com alvará provisório agitou a primeira parte da sessão de Taboão da Serra nesta terça-feira, 2. Os vereadores rechaçaram a cassação por 10 votos contra 3 com a alegação de que vários comércios do município funcionam da mesma maneira, inclusive o mini-Extra instalado no Centro Empresarial idealizado pelo ex-vereador José Aprígio, a quem o governo atribui estar incentivando os pedidos de afastamento feitos pelo presidente do PC do B Antônio Gomes de Andrade.

O clima esquentou na Casa quando a vereadora Luzia Aprígio foi a tribuna e num discurso breve disparou contra os pares que haviam citado seu marido, o ex-vereador José Aprígio. No final da sessão a paz foi restabelecida e dona Luzia foi alertada pelos pares a não subir o tom dos discursos na tribuna.

“Vamos cassar o prefeito então porque ele permite que o Aprígio funcione sem alvará ?  Nós temos é que incentivar o comércio. O Assai trouxe empregos para a nossa cidade e está funcionando com alvará provisório como vários comércios. A regra é a mesma serve para todos. No momento em que o país passa por uma crise como essa vamos cassar o prefeito porque está permitindo o comércio funcionar ? O povo quer emprego, quer trabalhar, precisa de moradia”, disparou Nóbrega.

Marco Porta voltou a alertar a vereadora Luzia Aprígio dizendo que ela está caminhando por veredas que “não são tão tropicais”. Disse que a vereadora está tratando de temas que podem ser “complicados”. 

Já o vereador Marcos Paulo descaracterizou os pedidos de cassação. Classificou os mesmos de denúncias vazias e de cunho eleitoreiro. Afirmou que vai pedir que os vereadores não discutam mais os pedidos de cassação e votem direto pela rejeição dos mesmos  já que a população espera que os vereadores votem seus projetos ao invés de ficar discutindo denúncias sem fundamento.

Para a vereadora Luzia Aprígio as denúncias não estão atrapalhando o andamento da Casa já que a pauta traz requerimentos datados de 2013. Ela cobrou explicação de Marco Porta sobre a fala das veredas não tropicais. Disse que é tão vereadora quanto ele. “O senhor está me ameaçando ?Que conversa é essa ? Não sou o tipo de gente que fala uma coisa de manhã e muda a tarde”, afirmou, antes de cobrar.  

Em resposta a fala da vereadora Luzia Aprígio Marco Porta disse que “ela é uma dama e deveria estar em outro lugar”. Afirmou que dona Luzia foi colocada na Casa para defender o indefensável.

Já faz tempo que as manifestações feitas por munícipes atrapalham a fala dos vereadores de tribuna. Nesta terça-feira o fato se repetiu e o presidente Cido avisou que se isso voltar a se repetir vai esvaziar o plenário. O presidente disse que não gostaria de ter esse fato no seu currículo mas o fará  se for preciso para preservar a fala dos pares.  Ele solicitou a vinda de mais um GCM para permanecer no plenário durante a sessão. 

Famílias da área invadida em Taboão da Serra, nos fundos do pronto socorro do Antena, onde um rapaz foi assassinado durante a invasão foram a Câmara pedir abertura de diálogo com o prefeito.
Um munícipe sofreu um ataque epilético no começo da sessão e foi socorrido no plenário pelas enfermeiras Edna Trindade e  Selma Fátima, ambas trabalham no SAMU. O resgate do SAMU chegou pouco tempo depois e levou o morador para receber atendimento no Antena.

 

 

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