Ativistas querem fechamento do zoológico do Parque das Hortênsias em Taboão

25/02/2014 | Sandra Pereira

O zoológico municipal instalado dentro do Parque das Hortênsias, em Taboão da Serra, pode estar com os dias contados. Os ativistas que se revezam na ocupação do espaço querem a retirada imediata de todos os animais do local e o seu tombamento. O fechamento do zoológico municipal pode um por um fim a crise que se arrasta no local desde 2010, agravada recentemente pela mortes de vários animais entre os quais estão leão, tigre, pavão e outros de pequeno porte. Para os ativistas outros animais estão doentes e podem morrer a qualquer momento.  O parque é uma das poucas áreas de lazer existentes em Taboão e é visitado por moradores de várias cidades da região. 

“Não queremos o  zoo. Apenas o parque. O zoo Já causou muito sofrimento aos animais. São 17 anos ou mais de abandono. Pra que?”, questiona Neusa Kuraoka, uma das apoiadoras do movimento ocupazoo.

Ela conta que está sendo feito um abaixo assinado pedindo a  retirada de todos os  animais e tombamento do parque. “Aquilo ali não tem condições de ser um zoo. Deixar os bichos morrerem por maus tratos já é demais. Os funcionários não capacitados. Até a veterinária não é especializada”, dispara Kuraoka.

Outro alvo do grupo é o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que o Ministério Público fez a prefeitura de Taboão da Serra assinar. Ativistas e apoiadores do movimento em prol da retirada imediata dos animais e do fechamento do zoológico de Taboão da Serra pretendem questionar o documento feito pelo Ministério Público em todas as esferas.

O TAC foi firmado recentemente e segundo o MP pretende garantir o fim da crise no parque por meio da reforma de todos os seus espaços e a garantia dos devidos cuidados aos animais. No dia da assinatura do documento a reportagem do Jornal na Net questionou diretamente o promotor Luis Felipe Tegon sobre eventuais maus tratos aos animais no zoológico municipal.  O promotor disse que visitou o parque e foi taxativo ao afirmar que os problemas no local eram a idade do zoológico e dos animais.

“O parque é muito antigo. Os espaços foram criados antes de toda a legislação sobre esse tema. Mas não vi ocorrências de maus tratos. A reforma vai resolver os problemas estruturais e de espaço”, garantiu. 

Ninguém pode negar a idade avançada dos animais que habitam o zoológico. Fora os raros nascimentos que ocorrem no espaço, já data de alguns anos a aquisição de novas espécies, fato que costuma ser comum em zoológicos. Exatamente por essa razão os zôos investem na aquisição de novas espécies. 

Não se sabe ao certo o custo de manutenção do Parque das Hortênsias. Mas em razão da celeuma gerada pela crise vivida no espaço o fechamento do zoológico poderá resolver de uma só vez o problema dos animais e do governo. 

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