Autopista fará estudo para construir retorno na Régis Bittencourt em Taboão da Serra

Por Sandra Pereira | 3/09/2013

O almejado retorno na Régis Bittencourt para atender aos moradores do São Judas, Indiana , Margaridas, Saint Moritz e  dezenas de outros bairros em Taboão da Serra não tem mesmo data para sair do papel. Na realidade nem está previsto pela  Autopista Régis Bittencourt (Arteris), que administra a rodovia desde o ano passado. A autopista vai realizar um estudo para levantar a viabilidade técnica de implantar um retorno capaz de atender aos moradores da cidade na altura do posto 22, próximo ao limite entre as cidades de Taboão e Embu. Em 2014 a Arteris vai iniciar a construção de um dispositivo de retorno nas imediações da empresa Daisa, em Embu das Artes, a expectativa da nova administradora da rodovia é que os moradores de Taboão utilizem esse novo dispositivo.

Tão antiga quanto a necessidade de implantação do dispositivo de retorno em Taboão da Serra é a mobilização de lideranças e moradores que lutam há anos visando garantir a construção de um dispositivo de acesso aos bairros do São Judas e Indiana. A Arteris alega que as vias dos bairros não dispõem de infraestrutura para receber fluxo pesado de veículos e diz que a obra de construção do retorno na cidade iria exigir alto investimento.

Tanto o compromisso de realizar o estudo técnico quanto as do custo alto da obra foram informados  pelo engenheiro de tráfego da Arteris que esteve na cidade na segunda-feira, 26, onde fez vistoria in loco nos possíveis locais de construção do retorno acompanhado pelo deputado Geraldo Cruz, o vereador Cido, o Padre Lulinha, o ex-vereador Macário e o sindico do Condomínio Jardim Iolanda. Uma nova reunião ficou agendada para o dia 7 de outubro na paróquia do Padre Lulinha quando deverá ser apresentado o estudo técnico para a construção do dispositivo.

Caberá aos integrantes da comitiva que participou da reunião a mobilização para o apoio político capaz de viabilizar a obra. Será preciso envolver a ANTT gestora do contrato de concessão da rodovia. O representante da Autopista Régis Bittencourt que esteve na reunião deu a entender que a queda de braço entre o ex-prefeito Evilásio Farias e a antiga OHL só prejudicou a cidade, uma vez que “se perdeu tempo tentando municipalizar a rodovia para depois desistir quando se deu conta do custo de manutenção”, afirmou o engenheiro Ruy Pergolato.  

No dia 7 de outubro o engenheiro irá apresentar o resultado do estudo que poderá viabilizar o retorno previsto para Taboão da Serra. Durante a visita ele informou que a Autopista pretende construir rodovias marginais em boa parte de Taboão e Embu para dar mais fluidez ao trânsito.  O engenheiro alertou para a necessidade de envolver a prefeitura e autoridades municipais na discussão visando o fortalecimento do pleito. Ele também disse que o shopping Taboão deu entrada na ANTT com um pedido para construir uma passagem de nível em vez de uma alça de saída na BR. A passagem de nível já foi negada por inviabilidade técnica, e, segundo ele, por que geraria ainda mais congestionamentos.

“Saímos do encontro com esperança de que poderemos iniciar uma luta vitoriosa”, disse o vereador Cido. “Já fizemos várias reuniões e abaixo assinados pedindo esse retorno”, relatou o ex-vereador Macário. “A comunidade espera por esse retorno há anos e precisamos nos unir para conseguir”, afirma o padre Lulinha. “O retorno que melhor atende aos moradores de Taboão é aquele previsto inicialmente no Programa de Exploração da Rodovia”, diz Nilton Esteves.

Já o deputado Geraldo Cruz se comprometeu a envolver a ANTT a fim de buscar meios para viabilizar a construção do dispositivo de retorno.

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