MP e DHPP fará nova investigação sobre a morte de Ivan

Por Sandra Pereira | 2/05/2013

A investigação sobre a morte em condições “suspeitas” do ex-investigador chefe da Delegacia Seccional de Taboão da Serra, Ivan Jerônimo da Silva, poderá sofrer uma reviravolta. O caso inicialmente considerado como sendo suicídio poderá acabar tomando outro rumo. Ao menos é isso que espera o Ministério Público Estadual, que determinou uma investigação mais detalhada da morte do investigador. Ivan Jerônimo foi achado morto com um tiro no peito na tarde do dia 8 de março de 2012. A morte do investigador agora deverá ser investigada pelo  Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa  (D.H.P.P.).

Poucos dias após a morte do investigador o resultado da perícia feita no local apontou que foram dados dois disparos no banheiro onde ele foi morto. Só uma das capsulas das balas disparadas foram localizadas. O laudo também concluiu que não havia vestígios de pólvora mas mãos deles. 


No período em que atuou em Taboão da Serra o investigador Ivan Jerônimo foi responsável por várias operações policiais de grande porte na região, a exemplo da que resultou na prisão e indiciamento de políticos e servidores públicos. Na semana em que morreu o investigador teve o sigilo bancário e telefônico quebrado. A morte dele aconteceu um dia antes da troca de comando da Delegacia Seccional. Amigos do ex-policial admitem que ele andava deprimido e fazendo uso de medicação quando morreu, mas afirmam que “ele era forte e não tinha perfil de quem pudesse tirar a própria vida”.

O Ministério Público (MP) de São Paulo reabriu as investigações sobre a morte sob o argumento de que as circunstancias ainda precisam ser melhor esclarecidas.  O MP não descarta a possibilidade de ter ocorrido erros no processo que investigou o caso.

“Tem várias questões que ainda precisam ser esclarecidas. Temos que aprofundar muito essas investigações para saber o que está acontecendo”, afirmou o promotor José Carlos Consenzo em entrevista recente à TV Bandeirantes.


Na mesma reportagem a Band entrevistou a  professora de perícia criminal, Roselle Soglio, que também questionou a versão oficial de suicídio. Após analisar o inquérito policial ela afirmou  que pela distância do disparo o policial não teria como ele ser o autor do tiro. “Nós falamos de uma distância de 60 ou 70 centímetros para mais. E ninguém consegue com o próprio braço fazer esse tiro a distância”, relatou à reportagem.

Comentários