Ex-funcionários da Iacta pedem ajuda para receber rescisões trabalhistas

Por Sandra Pereira | 1/05/2013

Desde o dia 1º de abril a incerteza ronda a vida dos quase 250 funcionários contratados pela Iacta Saúde para atuar no Pronto Socorro do Antena, em Taboão da Serra. Passados 30 dias da demissão coletiva eles ainda não receberam as indenizações trabalhistas a que têm direito. Sem conseguir avançar nas negociações para receber suas rescisões os funcionários recorreram ao Legislativo para pedir ajuda. Nesta terça-feira, 30, os ex-servidores da Iacta lotaram a Câmara Municipal. O prazo para o pagamento das rescisões venceu e a empresa deve ser multada.  A sessão desta terça foi rápida e os vereadores aprovaram todos os requerimentos e indicações na pauta. O presidente da Câmara de Embu, Doda, participou da sessão.

Na quinta-feira, 02 de maio, os servidores da Iacta vão voltar à Casa para dar baixa em suas carteiras de trabalho. O local foi escolhido depois que o presidente da Câmara, Eduardo Nóbrega, passou a acompanhar o caso. Enquanto as rescisões serão feitas na Câmara uma comissão vai negociar com a prefeitura os pagamentos devidos. A prefeitura alega que só paga a Iacta com garantia de que os recursos serão usados para a rescisão dos servidores. Já a Iacta diz que só pode pagar as rescisões quando receber da prefeitura. No centro da linha de fogo estão os 250 servidores demitidos.

"Está muito díficil. Trabalhamos duro no Antena enfrentamos a crise, saímos sem receber e até agora não temos nada de concreto", desabafou uma ex-integrante da equipe de enfermagem.

Os vereadores se solidarizaram com a situação dos ex-funcionários da Iacta Saúde. O presidente da Câmara, Eduardo Nóbrega, já realizou várias reuniões com o grupo e confirmou que a prefeitura quer garantias de que a Iacta vai utilizar os recursos que receber da administração para pagar aos seus ex-servidores. “Essas garantias são necessárias porque o tempo já mostrou que estamos lidando com pilantras, com gente sem confiança”, disparou.
O presidente da Liga das Escolas de Samba de Taboão da Serra usou a Tribuna para pedir o apoio da Câmara para garantir a realização do Carnaval da cidade. Há dois anos o tradicional desfile das escolas de samba não é realizado.

O presidente da Câmara de Embu, Doda, esteve na sessão para pedir a participação dos vereadores em reunião marcada para o dia 10 de maio com a finalidade de retomar os trabalhos da Associação Regional de Vereadores (Aversud) criada em 2010.

Demissão de Maurício André repercute na Câmara


A anulação da demissão do médico Maurício André do quadro de funcionários da prefeitura de Taboão também repercutiu na sessão. O vereador Luiz Lune disse que vai apresentar requerimento pedindo esclarecimentos sobre a recontratação de Maurício André. Lune antecipou que vai acionar o Ministério Público para investigar o caso. Assista.

“Como vai fazer se um funcionário da usina faltar tantas vezes quanto esse médico faltou e entender que não acontecer nada? Resolver uma situação grave dessas numa canetada é rasgar a lei da cidade. Não compactuo e espero que essa Casa tome uma atitude. Não é nada contra o médico, podia ser um Zé Mané, mas o pau que dá em Chico tem que dar em Francisco”, disse Lune. 

Moreira também falou sobre a anulação da demissão de Maurício Andre. “Se ele retornar tem que ser pela Justiça. Quero acreditar que o prefeito não cometeu um erro. Quero acreditar que a volta foi um ato legal. Porque se não foi essa Casa não pode se calar. Como fiscais do povo não podemos titubear”, disse o vereador que também falou da prestação de contas dos 120 dias do seu mandato e citou a participação do ex-prefeito de Osasco Emídio e o vereador Valdir Roque, o vereador de Embu, Edvânio Mendes. Ele disse que no dia 8 de maio 3ª edição do gabinete itinerante vai atuar no coração do Pirajuçara. “Estamos tendo uma experiência inédita”, ressaltou.

O presidente da Câmara afirmou que  Maurício  André foi vítima de perseguição pelo ex-prefeito Evilásio Farias, visando tornando-o ficha suja para impedir que ele disputasse a eleição de vereador.

“Tenho certeza que houve processo administrativo, e que uma comissão apurou o caso. O Dr. Maurício foi vítima de golpe violento do Evilásio às vésperas da eleição. Se ele faltava porque se pagava o salário dele? Porque não se aplicou uma pena administrativa? A demissão foi uma pena exacerbada”, salientou o presidente.

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