Moradores afirmam que sujeira de piscinão trouxe ratos, insetos e doenças

Por Sandra Pereira | 22/04/2013

Os moradores das ruas Sucuri, Claudio Manoel da Costa e Avenida João Paulo, no Jardim Independência, em Embu das Artes, estão inconformados com os transtornos provocados pela falta de limpeza do piscinão no bairro. Há várias semanas eles reclamam da proliferação de ratos, do mau cheiro e dos pernilongos, segundo eles, cada vez maiores em tamanho e quantidade. A situação é praticamente a mesma nos piscinões existentes em Taboão da Serra.

Em dezembro de 2011 o DAEE anunciou licitação para limpeza dos piscinões, mas até o momento a sujeira no local ainda é grande. A população local diz que em algumas ocasiões alguns homens aparecem no local, mas a limpeza não é realizada.

Vários moradores das ruas citadas relatam problemas de saúde como febre, dor no corpo e indisposição. Alguns também narram  a incidência de vômito.

“A sujeira desse piscinão está tirando o sossego da gente. Quem não tem dinheiro pra comprar inseticida não consegue ter uma noite de sono tranquila”, afirma a funcionária pública Ivanete Chagas, moradora da região.

Dona Margarida Santos também mora na região e diz que já não suporta o mal cheiro e a grande incidência de ratos no local. “A casa pode estar limpa como for que os ratos aparecem”, dispara.

Quem mora na Rua Sucuri, além dos problemas com os pernilongos e o mau cheiro constante que exala do local se queixa das rachaduras que comumente aparecem nos imóveis.

“Tem várias casas na rua cheias de rachaduras por causa dos piscinões e ninguém nunca fez nada”, acusa.  

Manutenção de 25 piscinões 


Em seu site o DAEE afirma que concluiu em 12/12/2011 o processo de licitação para limpeza de 25 piscinões, localizados na bacia do Alto Tamanduateí (englobando a região do ABC), bacias do Pirajuçara e Ribeirão Vermelho. A estimativa do órgão era investir R$ 29 milhões no trabalho de limpeza que tem por objetivo manter a capacidade de acumulação dos reservatórios, contribuindo para minimizar o risco de inundações e garantir as condições operacionais do sistema, que beneficia não apenas as cidades onde estão localizados, mas toda a Região Metropolitana de São Paulo. 

O DAEE estima remover mais de 245 mil metros cúbicos de sedimentos e lixo que se acumularam no fundo dos piscinões. O material será destinado a áreas de deposição autorizadas pelos órgãos ambientais.

pisci

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