Câmara de Taboão tem mais uma sessão longa e marcada por discussões de bastidores

Por Sandra Pereira | 17/04/2013

Mais uma vez os vereadores de Taboão da Serra estenderam a sessão até a madrugada, nesta terça-feira, 16. Os parlamentares voltaram a protagonizar uma sessão confusa, cheia de embates e marcada pela demora na votação dos projetos. Dessa vez eles aprovaram em tempo hábil requerimentos, indicações e Moções de Apoio e Pesar. A sessão seguia normalmente até por volta das 21 horas quando a pauta política travou os trabalhos e os vereadores se reuniram reservadamente para resolver os impasses internos. A sessão chegou a ser finalizada à meia noite e foi retomada faltando alguns minutos para 1 hora da madrugada do dia 17.

 A demora nas votações da Casa é justificada pela queda de braço que os vereadores vem protagonizando nos bastidores ora entre eles mesmos e ora com o Executivo, que apesar de ter maioria na Câmara sofre resistências em algumas votações. A sessão acabou sendo retomada por conta dos  projetos em regime de urgência, constantes na pauta. 

 Já na madrugada os vereadores aprovaram a isenção do pagamento de ITBI de imóveis localizados em áreas de interesse social.  Eles também foi aprovaram o parcelamento de débitos de contribuições sociais e previdenciárias, que não foram recolhidas na gestão passada, além da gratificação por produtividade para fiscais de posturas. Todos os projetos citados são de autoria do Executivo.

Na mesma sessão a Câmara aprovou projeto de autoria do vereador Carlinhos do Leme (PP) pedindo que a  prefeitura a implante academias públicas em Taboão. As academias já são realidade nos municípios vizinhos.

Na primeira parte da sessão os vereadores Cido, Moreira e Ronaldo Onishi se solidarizaram com a família de dona Alice Ferreira, moradora do Maria Helena, que perdeu recentemente o filho vítima de um assalto na porta do HGP. Eles propuseram moção de pesar à família. Cido chegou a sugerir mudança nos protocolos de saúde que impedem os profissionais de sair para socorrer pacientes ainda que eles estejam na porta do hospital, como no caso citado.

Moreira apresentou e apresentou requerimento pedindo que o Executivo pague as rescisões trabalhistas dos servidores livre nomeados da administração passada. 

Carlinhos do Leme propôs Moção de Apoio ao requerimento do vereador de Embu 
líder do PSC, Ney Santos, pedindo a implantação de um hospital no município.

Na mesma sessão os vereadores aprovaram Moção de Apoio aos presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e ao Geraldo Alckmin (PSDB), que pretendem alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) propondo mais rígida a punição para menores infratores reincidentes ou que cometerem crimes graves – como homicídio, latrocínio ou estupro. 

O presidente da Câmara Municipal, Eduardo Nóbrega, saiu em defesa dos funcionários da IACTA. Ele disse que os poderes devem acompanhar e cobrar o pagamento dos direitos trabalhistas dos mais de 250 funcionários que trabalhavam no Pronto Socorro do Antena. Eles foram demitidos no dia 1º de abril, receberam atrasados os salários de março e ainda não tem previsão de receber o pagamento das rescisões trabalhistas.

“Deposito minha esperança de que a SPDM vai melhorar a saúde. Porém não podemos esquecer dos funcionários da IACTA que não nos abandonaram em momento algum. Suportaram más condições de trabalho e até agora não receberam suas rescisões. Não podemos admitir que pessoas que trabalharam para atender bem os munícipes não tenham o nosso apoio. Os funcionários precisam receber é direito deles e o Legislativo vai cobrar isso”, disse ele.

A integrante do Conegro, Rose Menezes, usou a tribuna para denunciar que a filha foi vítima de racismo numa papelaria na região central da cidade. Rose denunciou o fato na Casa e pediu providências dos vereadores. Também propôs a instalação de uma Comissão para combater o racismo na cidade. O pastor Eduardo Paz e Vida (PSDB) usou a tribuna e leu artigos apontando os riscos e penas para o crime de calúnia e difamação. De pronto o vereador Moreira defendeu o direito da vítima denunciar o crime de racismo.

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