Vereadores debatem 9 horas mas não votam projetos em Taboão

Por Sandra Pereira | 10/01/2013

Em mais de 9 horas de sessão os vereadores de Taboão da Serra debateram até a exaustão o projeto de Lei do Executivo que aumenta a remuneração dos médicos da cidade de R$ 48 para R$ 60 a hora trabalhada,  o que retira a categoria das gratificações pagas a auxiliares de enfermagem, enfermeiros e dentistas e o projeto do prefeito Fernando Fernandes que pretende aumentar o salário dos secretários municipais. Depois de muito debate a sessão foi encerrada e houve nova convocação para a segunda-feira, 14, a partir das 14 horas. 

O projeto de lei 005/2013 quer aumentar os salários dos secretários municipais  para R$ 14 mil, da chefia de gabinete do prefeito para R$ 8.500, procurador municipal passaria a ganhar R$ 6.500, assessor de planejamento em saúde e chefia do setor de enfermagem R$ 4.500 e coordenador do CRAS R$ teve salário estipulado de 3.500. Alguns desses cargos não existiam e foram criados. Os vereadores disseram que o prefeito extinguiu 390 cargos e criou outros 130 com vencimentos maiores. 

O projeto de lei complementar 003/2013, que separa a categoria de  médicos das demais no pagamento de gratificação causou polêmica entre oposição e situação. A posição alegou que o projeto seria discriminatório e fere a isonomia entre os servidores da saúde. Os vereadores Marcos Paulo, Lune, Moreira e Onishi bateram pesado na proposta e chegaram a propor aumento salarial ainda maior para os médicos e demais categorias da saúde.

“O governo quer dar aumento só para médico. Será que é porque o prefeito é médico?”, disparou Moreira. “Sou a favor da vida e da isonomia entre os servidores”, apontou Onishi. “Quem disse que a saúde melhora se médico ganhar mais? Tenho certeza que não”, provocou Lune. “Se vier um aumento para todas as categorias tem o meu voto”, completou Marcos Paulo.

Na defesa do projeto do governo os vereadores da situação lembraram que um dos compromissos de campanha do prefeito foi melhorar a saúde. Eles defenderam o argumento de que aumentar os salários dos médicos atrai mais profissionais para trabalhar na cidade, e, consequentemente melhora a qualidade da saúde. 

“Vamos começar pelos médicos e tenho certeza de que as categorias serão beneficiadas depois”, disse a vereadora Joyce Silva. “Não estamos aqui excluindo os odontólogos ou outros profissionais. Vamos tratar primeiro dos médicos que é a situação mais emergencial”, garantiu o vereador Cido. “Nesse momento o que a cidade precisa é de médico”. “Não temos médico hoje, porque o salário não é atrativo”, observou Marco Porta.

Cido e Porta estão se revezando na função de líderes e blindam o governo dos ataques mais certeiros da oposição que está sendo liderada com afinco pelos vereadores Moreira e Marcos Paulo.

Depois de constatar que seria impossível chegar a um entendimento a vereadora Joyce Silva pediu vistas dos projetos da pauta e a sessão foi adiada para a próxima segunda-feira, quando a câmara deve realizar duas sessões para analisar os projetos em pauta. Entre os vereadores predomina a dúvida se a aprovação dos projetos acontece por maioria simples ou qualificada.



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