Eleição e violência marcaram setembro e outubro na região

Por Sandra Pereira | 28/12/2012

A corrida eleitoral se intensificou em setembro em Taboão e Itapecerica. Os então candidatos a prefeito e vereadores ampliaram suas agendas de campanha, endurecendo o tom das críticas aos adversários e reforçando as principais propostas dos planos de governo já apresentados aos moradores.

Durante esse mês as escolas de Taboão da Serra sofreram uma onda de violência e arrastões que provocou medo em professores, pais e alunos e toda a comunidade escolar.  Vários protestos foram realizados pedindo o fim da violência. Ainda em setembro a audiência de instrução dos réus na chamada fraude do IPTU de Taboão foi cancelada novamente.

Em Itapecerica empresários e lojistas apresentaram à imprensa as obras do shopping da cidade que deve ser inaugurado em 2013.

A reta final da eleição marcou os primeiros dias de outubro. No dia 7 os moradores foram às urnas e democraticamente escolheram os prefeitos e vereadores que vão administrar as cidades nos próximos quatro anos. A eleição ocorreu tranquilamente nos municípios da região. Taboão elegeu o prefeito Fernando Fernandes, Itapecerica escolheu Chuvisco e no Embu Chico Brito foi reeleito.  Nas câmaras municipais a renovação foi bem ampla chegando até mesmo a surpreender uma vez que vários veteranos foram derrotados nas urnas.

Passados poucos dias da eleição uma onda de violência explodiu na região. Em apenas uma noite nove pessoas foram brutalmente assassinadas entre Taboão e Embu após a morte de um policial militar. Começou então uma verdadeira queda de braço em polícia e criminosos, que provocou toque recolher em vários bairros e forçou os moradores a conviver com o medo diariamente.

Em Taboão da Serra o pós-eleição provocou um colapso nos mais diversos serviços públicos. A saúde registrou atraso de pagamento de salários e problemas de atendimento. A coleta de lixo ficou mais precária e a prefeitura começou a sofrer pressão dos fornecedores empenhados em receber seus pagamentos.

Poucos dias antes um protesto do MTST por pouco não acabou em tragédia na Câmara. Os guardas municipais usaram gás de pimenta para dispersar os manifestantes. Vândalos destruíram grandes, cadeiras, e vários equipamentos do plenário.

Em Itapecerica os candidatos derrotados buscaram à Justiça tentando anular o resultado da eleição. Chuvisco ignorou o movimento e prometeu ao município uma administração transparente e com participação popular. Atendendo ao MTST os vereadores aprovaram a destinação de área para moradia popular.

No Embu logo após a eleição Chico Brito entrou em cena para impedir que os dois vereadores de oposição da cidade, Carlos do Embu e Ney Santos, tivessem espaço na mesa diretora da câmara.


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