Salvador Grisafi fala sobre as câmeras de monitoramento em Taboão

Por Sandra Pereira | 22/04/2012

Quando deixou a secretaria municipal de Segurança Pública em dezembro de 2010, o ex-vereador e então secretário Salvador Grisafi não imaginava que passado pouco tempo teria de dar explicações sobre a implantação das centrais de monitoramento em Taboão da Serra. Ele conta que deixou o cargo após um desentendimento de ordem política com o prefeito Evilásio Farias, motivado pela sucessão municipal. Também teria pesado na decisão  discussões constantes em razão da falta de contratos de manutenção dos equipamentos de monitoramento eletrônico – relembre aqui.

Oscilando entre um misto de surpresa e indignação Salvador Grisafi garante que antes dele não houve na cidade secretário tão dedicado à pasta da Segurança. Além disso, ele garante não responder a nenhum tipo de processo pelo período em que foi titular da secretaria. “Não existiu nessa cidade um secretário de Segurança tão comprometido e que tanto trabalhou quanto o Salvador”, afirmou.


Ele disse ao Jornal na Net estar ansioso para esclarecer as dúvidas da Comissão de Segurança da Câmara Municipal sobre a implantação do monitoramento por câmeras de segurança em Taboão da Serra, que custou aos cofres públicos federais R$ 882.947,19 – saiba mais aqui. Entretanto, Grisafi afirmou que até a última semana não havia sido convidado a comparecer no dia 27, conforme agendado pela comissão – saiba mais aqui. O ex-secretário garantiu que vai falar do assunto com tranquilidade e revelar toda a verdade.

“O que me for perguntado vou falar. Quero esclarecer o preço das câmeras por exemplo. Somente 7 câmeras móveis custaram R$ 16 mil em conjunto com os equipamentos de controle remoto que permite o funcionamento delas. As outras custaram mais barato em torno de R$ 5 e R$ 6 mil”, explicou.

O ex-secretário assegura que a licitação para a compra dos equipamentos de monitoramento obedeceu todas as exigências legais e as diretrizes estabelecidas pelo Pronasci. Entretanto, ele observa que a falta de manutenção e o alto grau de sensibilidade dos equipamentos, é responsável pelo sucateamento das 28 câmeras das quais apenas duas funcionam atualmente.

Em relação às informações de que ele teria deixado a pasta depois de um acidente envolvendo um dos veículos da Guarda Civil Municipal e as de que a polícia teria apreendido em sua mesa documentos comprometedores após a prisão em flagrante de Márcio Carra dando baixa em IPTU Salvador Grisafi assegura que trata-se apenas de boatos.

“Isso é fofoca. Conversa Mole. Quando trabalhei na administração pública assumi todas as responsabilidades. Bati um carro, mas a pessoa responsável pagou a despesa e não devo nada à prefeitura", assegurou.


Idas e vindas

Salvador Grisafi é um dos políticos adeptos a uma prática comum em Taboão da Serra de mudar de lado próximo ao período eleitoral. A respeito da constatação ele disse não haver nenhum tipo de incoerência, entretanto, afirma que é e sempre foi amigo pessoal de Fernando Fernandes, mas por conta de um desentendimento ambos romperam politicamente antes da eleição de 2008.

De acordo com Grisafi, neste período Evilásio Farias o convidou a assumir a secretaria de Segurança Pública. Mas, ele acabou deixando o cargo em 2011 por discordar da escolha do candidato da máquina à sucessão municipal.

"Não vejo incoerência porque isso faz parte da política. Eu era ligadado ao PMDB e tinha mais aproximação com o PSDB do que com o Aprígio", relatou.



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