Márcia abre sigilos bancário, fiscal e telefônico em Taboão

A vice-prefeita e Secretaria de Cultura de Taboão da Serra, Márcia Regina, esteve no Fórum da cidade e na Delegacia Seccional onde apresentou documentação na qual põe à disposição da Justiça e da polícia o seu sigilo fiscal, bancário e telefônico. Ela acredita que a quebra do sigilo provará sua inocência nas acusações imputadas pelo relatório da polícia Civil na quarta fase da Operação Cleptocracia deflagrada na terça-feira, 13.

“Pus a disposição da polícia e da Justiça meus sigilos bancário, fiscal e telefônico. Estou mais aliviada agora. Sou inocente e quem tem que provar o contrário é a polícia”, afirmou a vice-prefeita.

Ela criticou as informações contidas no relatório da Operação Cleptocracia observando que nunca praticou irregularidades no comando da Secretaria de Cultura da cidade. Ela também rebateu o termo de “organização criminosa” utilizado pela polícia e a comunicação interna que aponta as irregularidades das contas.

“O curioso é que a polícia investigou tanto e foi fazer busca e apreensão no endereço de onde mudei há sete anos”, declarou a vice-prefeita. 

O funcionário da Secretaria de Cultura identificado como Rogério também esteve no Fórum e na Delegacia onde abriu mão dos sigilos bancários, fiscal e telefônico. A casa dele também foi alvo de busca e apreensão, por isso ele optou pela quebra dos sigilos visando mostrar que também é inocente. 

O novo relatório de investigação da Polícia Civil divulgado na última terça-feira apontou uma série de irregularidades em convênios entre a Secretaria de Cultura de Taboão da Serra e as Ongs a Associação Fique Vivo e a PH/4 Elementos e a Liga das Escolas de Samba, entre os anos de 2010 e 2011. De acordo com o relatório  os contratos  teriam causado um prejuízo aos cofres públicos superior a R$ 1,8 milhão.

Para a polícia, as prestações de contas desses convênios estão irregulares. A polícia apresenta no relatório três comunicações internas da Divisão de Contabilidade.