Empresários se unem contra corrupção em Taboão

05/09/2011 | Sandra Pereira

Vários empresários de Taboão da Serra ensaiaram na sexta-feira, 2, a primeira reação formal da categoria à crise que recaiu sobre a cidade após a descoberta das fraudes na arrecadação de tributos da prefeitura e das prisões dos acusados pela operação Cleptocracia (governo de ladrões). O grupo de quase 50 empresários locais se reuniu para falar sobre seus negócios e as condições da cidade. No encontro vários deles defenderam a  unificação da categoria a fim de acompanhar de perto o andamento da crise e a interferência nos negócios em âmbito municipal.

“Vamos nos reunir todas as primeiras sextas-feiras do mês. A ideia é trazer um grupo maior a cada encontro”, contou o presidente da ACE, José Batista. “Vamos discutir os assuntos da cidade que interferem na vida de todos nós. Criar pautas específicas, procurar os setores competentes e discutir esses temas. Juntos poderemos mostrar a nossa força”, completou Laércio Lopes diretor da entidade.

Capitaneados pela Associação Comercial e Empresarial de Taboão da Serra (ACE) os empresários locais querem se unir mais e vários deles prometem se mobilizar contra a corrupção. Todos foram unânimes em afirmar que a despeito da falta de interesse pelos políticos em geral é preciso estar atentos aos seus atos, cobrar transparência e aumentar o poder de reivindicação da categoria.

Para os empresários presentes no encontro Taboão da Serra vive um momento decisivo que pode desenhar um novo quadro. Para eles, a cidade cresce num ritmo intenso, falta agora incentivar o desenvolvimento preparando o município com a infraestrutura necessária para receber os futuros moradores dos empreendimentos espalhados pela cidade.

Um dos temas predominantes no primeiro encontro do empresariado local foi a implantação da Zona Azul na cidade. A maioria dos empresários considera que a cobrança do estacionamento rotativo democratiza o acesso às vagas e é salutar para ao comércio. Entretanto, eles não pouparam críticas ao percentual de apenas 6% que a administração municipal vai receber pela exploração do serviço e a implantação da cobrança em ruas residenciais. 

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